A HISTORIA DAS MAQUINAS Março 2014 | Page 5

Setenta anos não é pouco! Nas primeiras semanas de 1937, nascia a Abimaq. Constatamos que praticamente junto com o despertar da indústria de máquinas no Brasil surgia o associativismo do setor. Em 1937, com o incidente da Ponte Lu Kou Chiao, nas proximidades de Pequim, tem início a 3ª guerra entre China e Japão, que, estendendo-se até 1945, se confundiu, na Ásia, com a 2ª Guerra Mundial. Em 1937, na Espanha, nacionalistas e republicanos se confrontavam na luta brutal e fratricida da Guerra Civil. No Brasil, Getúlio Vargas suprime a Constituição de 1934 e proclama a nova e autoritária Constituição de 1937, chamada pelo povo de A Polaca, dando início ao Estado Novo. Para ter uma idéia de que época era aquela, não havia, em 1937, produção siderúrgica em escala ou produção de petróleo no Brasil. Empresas que fazem parte da base da economia brasileira como a Petrobrás, a Vale do Rio Doce e a Cia. Siderúrgica Nacional não existiam; e o nosso Syndicato de Machinas (com y e ch) era fundado por um pequeno grupo de pioneiros! Começava ali, naquele turbulento ano de 1937, nossa história. Desde o início inte- grados às federações estaduais das indústrias, mas também, desde o início, com independência e autonomia em relação a elas, podemos dizer que nesses últimos 70 anos participamos ativamente da história da Indústria, da Agricultura, da Mineração, da Construção Civil e da Economia de nosso país. E tivemos sorte com os homens que nos antecederam na liderança desta associação! Só para citar alguns, a indústria de máquinas e equipamentos e o próprio Brasil têm um débito inequívoco para com Jorge Rezende, Einar Kok, Delben Leite e Sérgio Magalhães. Em 2005, a indústria brasileira de máquinas e equipamentos produziu o equivalente a 25 bilhões de dólares, com 34% do faturamento destinado à exportação. No mesmo ano, o volume das exportações de máquinas e equipamentos foi suficiente para cobrir, em valor, as importações brasileiras do mesmo gênero de bens, restando ainda um pequeno saldo positivo. Em 2006, os números de nossa indústria serão aproximadamente iguais. Foi uma longa trajetória, e certamente longo e revestido de êxito será nosso percurso ao longo do século XXI. Newton de Mello Presidente da Abimaq Carta do presidente