A HISTORIA DAS MAQUINAS Março 2014 | Page 46

46 a história das máquinas Os robôs estão chegando O robô humanóide Elektro, da Westinghouse, em exibição no Word’s Fair em 1939 O robô humanóide Plen, da empresa japonesa Systec Akazawa, patinando na Robot Expo em Tókio, agosto de 2006 Foi o escritor checo Karel Capek quem, em 1921, introduziu a palavra robô num texto de uma peça de teatro. Mas a palavra em si, robô, foi inventada pelo irmão Josef, outro respeitado escritor checo, e vem da palavra checa robota, que significa, olha aí, trabalho forçado... Mas o primeiro projeto documentado de um robô humanóide foi feito, como já vimos, por Leonardo Da Vinci por volta de 1495. As notas de Da Vinci, escritas no Código Atlântico, continham desenhos detalhados de um cavaleiro mecânico que aparentemente era capaz de sentar, mexer os braços, mover a cabeça e o maxilar. O primeiro robô funcional foi criado em 1738 pelo francês Jacques de Vaucanson. Ele fez um andróide que tocava flauta... O passo seguinte já não foi assim tão pacífico: muitos consideram que o primeiro robô segundo as definições modernas foi o barco teleoperado de Nikola Tesla – o mesmo do motor elétrico –, exibido em 1898 no Madison Square Garden. Como ele mesmo descreve na patente de nº 613 809 para o teleautomation, Tesla desejava desenvolver um torpedo sem fio para fazer parte do sistema de armas da Marinha americana. O barco teleguiado era similar a um Veículo Operado Remotamente (ROV) de hoje. Nos anos 1930, a Westinghouse desenvolveu um robô humanóide conhecido como Elektro. Ele foi exibido no World’s Fair de 1939-1940. Mas aquele que é considerado o primeiro robô autônomo eletrônico foi criado por Grey Walter, na Universidade de Bristol, na Inglaterra, no ano de 1948. Uma criatura quase humana, com certa inteligência e certa independência? Um tanto assustador... Muito antes do pleno desenvolvimento e uso dos robôs, a literatura e o cinema começaram a refletir os pavores do ser humano em relação a esse novo brinquedo perigoso e, um dia talvez, incontrolável. Frankenstein, de 1818, é freqüentemente considerado o primeiro romance de ficção científica a abordar as perturbadoras clonagens mecânicas. Foi quando, poucos anos depois da peça de Capek sobre uma linha de montagem que utilizava robôs para tentar construir mais robôs, o tema começou a inquietar corações e mentes com questões que iam bem da além da tecnologia, da indústria e da economia. No cinema, desde o clássico Metropolis (1927) até os populares Blade Runner (1982) e The Terminator (1984) de nossos dias, o tema não parou de assombrar milhões de espectadores. Os desafios dos robôs inteligentes e uma maior compreensão da interação entre robôs e homens foram também abordadas em filmes como A.I. (2001) e Eu, Robô (2004). Na história, aliás, de ficção científica em que se baseou o filme Eu, Robô, o escritor Isaac Asimov já em 1941 consagrava a palavra robó-