A HISTORIA DAS MAQUINAS Março 2014 | Page 40

40 a história das máquinas Máquinas sob controle. Numérico A máquina de tecer de Jacquard foi importante marco para a automação industrial. Era tão eficiente que muitos funcionários perderam o emprego Foi o francês Joseph Marie Jacquard, no início do 1800, quem deu um passo fundamental em direção à automação industrial. Ele inventou um tear mecânico com uma leitora automática de cartões. A máquina de tecer de Jacquard trabalhava tão bem que milhares de tecelões perderam o emprego com a automação, rebelando-se e quase matando o inventor. A idéia do francês era que as ações de um ou mais equipamentos fossem controladas por meio da interpretação automática de instruções expressas em números. No início da década de 1900, surgiu outro nome importante: Herman Hollerith, físico que mais tarde fundaria a empresa que deu origem à gigante Internacional Business Machines (IBM). Ele desenvolveu um sistema de armazenamento de dados para os cartões perfurados para o departamento de recenseamento dos Estados Unidos. No processo de evolução industrial, tinham sido criados equipamentos para facilitar o desenvolvimento de produtos. Novas máquinas surgiram desse desejo. Já com a armazenagem e o processamento de dados, os computadores poderiam aliviar a memória dos homens. Dessa forma, foi inevitável ligar as duas áreas. Um marco do desenvolvimento dessa parceria foi o ano de 1949, quando a Força Aérea Americana (FAA) procurava melhorar a fabricação de aviões e material bélico. Na busca, os americanos encontraram uma pequena empresa fabricante de hélices e rotores de helicópteros, a Parsons Corporation. Dois anos antes, a Parsons tinha experimentado usar uma forma rudimentar de controle por números em uma máquina de usinagem convencional – ligando esta máquina a um computador que era alimentado por dados via cartões perfurados. A FAA contratou a Parsons e patrocinou estudos e o desenvolvimento do controle numérico. Em pouco tempo, a empresa conseguiu adaptar o controle numérico para uma máquina-ferramenta convencional da Cincinnati Lamb – fabricante, na época, de máquinas-ferramenta convencionais – e, desse modo, juntas criaram o protótipo de uma máquina CN (Controle Numérico), que foi demonstrado em 1953 no Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT). Na década de 1960, outra evolução: já eram produzidos cartões perfurados com números em código indicando dimensões de peças e outros dados. Também surgiram controles com fita magnética e fita perfurada. Isso durou até os anos 1980, quando a informática entrou para valer na indústria. Os dados numéricos então passaram a ser gravados em disquetes e depois em bancos de dados centralizados.