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a história das máquinas
Máquinas
sob controle.
Numérico
A máquina de tecer de Jacquard foi importante
marco para a automação industrial. Era tão eficiente
que muitos funcionários perderam o emprego
Foi o francês Joseph Marie Jacquard, no início do 1800, quem deu um passo fundamental
em direção à automação industrial. Ele inventou um tear mecânico com uma leitora automática de cartões. A máquina de tecer de Jacquard
trabalhava tão bem que milhares de tecelões
perderam o emprego com a automação, rebelando-se e quase matando o inventor. A idéia
do francês era que as ações de um ou mais equipamentos fossem controladas por meio da interpretação automática de instruções expressas
em números.
No início da década de 1900, surgiu outro
nome importante: Herman Hollerith, físico
que mais tarde fundaria a empresa que deu
origem à gigante Internacional Business Machines (IBM). Ele desenvolveu um sistema de
armazenamento de dados para os cartões perfurados para o departamento de recenseamento
dos Estados Unidos.
No processo de evolução industrial, tinham
sido criados equipamentos para facilitar o desenvolvimento de produtos. Novas máquinas
surgiram desse desejo. Já com a armazenagem
e o processamento de dados, os computadores
poderiam aliviar a memória dos homens. Dessa
forma, foi inevitável ligar as duas áreas.
Um marco do desenvolvimento dessa parceria foi o ano de 1949, quando a Força Aérea Americana (FAA) procurava melhorar
a fabricação de aviões e material bélico. Na
busca, os americanos encontraram uma pequena empresa fabricante de hélices e rotores de helicópteros, a Parsons Corporation.
Dois anos antes, a Parsons tinha experimentado usar uma forma rudimentar de controle
por números em uma máquina de usinagem
convencional – ligando esta máquina a um
computador que era alimentado por dados via
cartões perfurados.
A FAA contratou a Parsons e patrocinou
estudos e o desenvolvimento do controle numérico. Em pouco tempo, a empresa conseguiu adaptar o controle numérico para uma
máquina-ferramenta convencional da Cincinnati Lamb – fabricante, na época, de máquinas-ferramenta convencionais – e, desse modo,
juntas criaram o protótipo de uma máquina
CN (Controle Numérico), que foi demonstrado em 1953 no Instituto de Tecnologia de
Massachusetts (MIT).
Na década de 1960, outra evolução: já eram
produzidos cartões perfurados com números
em código indicando dimensões de peças e outros dados. Também surgiram controles com
fita magnética e fita perfurada. Isso durou até
os anos 1980, quando a informática entrou para
valer na indústria. Os dados numéricos então
passaram a ser gravados em disquetes e depois
em bancos de dados centralizados.