A crise não parece ter fim PD48 | Page 58

econômica, do desemprego e dos péssimos serviços públicos ofere- cidos pelos governantes, enquanto não param de aumentar a carga tributária e os juros, reduzindo a renda dos trabalhadores e preju- dicando o crescimento econômico. Felizmente, tudo indica que, com as eleições municipais de outubro de 2016, o lulopetismo se transformará em um fantasma que sobreviverá reduzido à insignificância politica, apesar da estridência de suas ações, desligadas da realidade e que vêm sendo repudiadas pela sociedade que deseja viver no Brasil uma nova era, um novo rumo político, econômico, social e cultural; com as instituições funcionando, com a consolidação de práticas de governança verdadeiramente republicanas, pautadas pela ética, austeridade e zelo para com os recursos públicos. Para atender a tais postulados e aos anseios do povo manifes- tados nas ruas e nas urnas, é preciso que as lideranças mais lúcidas do universo político-partidário, dos movimentos sociais organizados e das ações autônomas da sociedade civil, se reúnam para elaboração de um programa de reformas estruturais visando tirar o país da crise e forjar os elementos duradouros para um desenvolvimento sustentável não só da economia mas também da democracia com extensão social e que propicie uma justa distri- buição da renda e acesso a serviços públicos de qualidade, em especial educação, saúde e moradia. Um projeto desta relevância e amplitude vai exigir a formação de um novo bloco de forças políticas, que tenha em seu núcleo um partido forte, nacionalmente estruturado, para ocupar um vazio que o lulopetismo deixa e que PSDB e PMDB, os grandes vitorio- sos do último pleito municipal, não serão capazes de ocupar, por continuarem a representar a velha política, com suas práticas viciadas aos arranjos do toma-lá-dá-cá, no balcão de negócios de cargos e verbas públicas, para formar maiorias nos legislativos, nos três níveis de poder, a começar pelo nível federal, passando pelo estadual e municipal. As manifestações de rua e os resultados das eleições de outu- bro último apontam quais as lideranças que podem e devem cons- tituir este novo bloco hegemônico de poder de uma esquerda democrática moderna, portadora de um programa avançado, comprometido com o fortalecimento da democracia e o desenvolvi- mento sustentável da Nação. Pela afinidade já demonstrada em tempos recentes, tanto que chegaram a formalizar projetos de fusão que acabaram não se concretizando, PPS, PSB, PV, com 56 Moacir Longo