econômica, do desemprego e dos péssimos serviços públicos ofere-
cidos pelos governantes, enquanto não param de aumentar a carga
tributária e os juros, reduzindo a renda dos trabalhadores e preju-
dicando o crescimento econômico.
Felizmente, tudo indica que, com as eleições municipais de
outubro de 2016, o lulopetismo se transformará em um fantasma
que sobreviverá reduzido à insignificância politica, apesar da
estridência de suas ações, desligadas da realidade e que vêm
sendo repudiadas pela sociedade que deseja viver no Brasil uma
nova era, um novo rumo político, econômico, social e cultural;
com as instituições funcionando, com a consolidação de práticas
de governança verdadeiramente republicanas, pautadas pela
ética, austeridade e zelo para com os recursos públicos.
Para atender a tais postulados e aos anseios do povo manifes-
tados nas ruas e nas urnas, é preciso que as lideranças mais
lúcidas do universo político-partidário, dos movimentos sociais
organizados e das ações autônomas da sociedade civil, se reúnam
para elaboração de um programa de reformas estruturais visando
tirar o país da crise e forjar os elementos duradouros para um
desenvolvimento sustentável não só da economia mas também da
democracia com extensão social e que propicie uma justa distri-
buição da renda e acesso a serviços públicos de qualidade, em
especial educação, saúde e moradia.
Um projeto desta relevância e amplitude vai exigir a formação
de um novo bloco de forças políticas, que tenha em seu núcleo um
partido forte, nacionalmente estruturado, para ocupar um vazio
que o lulopetismo deixa e que PSDB e PMDB, os grandes vitorio-
sos do último pleito municipal, não serão capazes de ocupar, por
continuarem a representar a velha política, com suas práticas
viciadas aos arranjos do toma-lá-dá-cá, no balcão de negócios de
cargos e verbas públicas, para formar maiorias nos legislativos,
nos três níveis de poder, a começar pelo nível federal, passando
pelo estadual e municipal.
As manifestações de rua e os resultados das eleições de outu-
bro último apontam quais as lideranças que podem e devem cons-
tituir este novo bloco hegemônico de poder de uma esquerda
democrática moderna, portadora de um programa avançado,
comprometido com o fortalecimento da democracia e o desenvolvi-
mento sustentável da Nação. Pela afinidade já demonstrada em
tempos recentes, tanto que chegaram a formalizar projetos de
fusão que acabaram não se concretizando, PPS, PSB, PV, com
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Moacir Longo