cando algumas incongruências vindas do governo central, o peso
da Operação Lava-Jato em aspectos vários de quantos controlam,
a seu talante, a máquina estatal, particularmente nos poderes
Executivo, Legislativo e até no Judiciário.
Importante ressaltar que alguns articulistas, além do rico
conteúdo de suas análises, defendem o apoio aos atuais projetos
de reforma trabalhista e da previdência, assim como apresentam
propostas de saída, sobretudo considerando que temos que nos
preparar, desde já, para as eleições do próximo ano, como o
momento em que o povo brasileiro deverá ser ganho para escolher
seletivamente os que devem comandar o país, a partir de 2019.
E, por haver também uma crise demolidora da política e dos
que a praticam no território nacional, espera-se, além de uma
campanha de educação dirigida a cada homem e a cada mulher,
para que saibamos melhor escolher sobretudo os nossos repre-
sentantes na Presidência da República, no Senado e na Câmara,
que organizemos um bloco de forças partidárias de concepção e
prática democráticas e republicanas para disputar este próximo
pleito, com perspectiva de colaborar para as imprescindíveis
mudanças que a nação, há muito, está a exigir.
Nunca é demais lembrar que o Brasil aguarda que se façam as
chamadas reformas de base, a começar por uma efetiva reforma
política, e não por simples remendos, ora discutidos na Câmara e
no Senado, que buscam nada mais que manter as condições
propícias para que muitos se mantenham em seus cargos, como
forma de continuarem manipulando a máquina estatal e dela se
aproveitando para usufruírem de uma vida nababesca e desfi-
lando pelos espaços de visibilidade sob a cobertura de tevês,
rádios, revistas e jornais.
Outras reformas indispensáveis são a da máquina do Estado,
de forma a reduzir o número excessivo e desnecessário de servi-
dores (somos no mundo um dos primeiros países na quantidade
de funcionários e no valor dos salários que pagamos); alterar
radicalmente o sistema tributário brasileiro, que pune violenta-
mente o cidadão comum e protege os que efetivamente devem
pagar impostos e têm tranquilas condições de fazê-lo; dentre
outras reformas.
Esta edição merece que mergulhemos nela, sem mais delongas.
Boa leitura!
Os Editores
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