- Que buracos são estes? – perguntou a Filipa, quando avista-
ram umas aberturas largas no chão dispostas em várias filas
junto a uma das muralhas do forte.
- Chamam-se covas de lobo. São armadilhas. Dentro delas es-
condiam-se estacas afiadas e serviam para impedir o avanço
dos inimigos – explicou a tia.
- Pensavam em tudo! – entusiasmou-se o Tiago.
- Tens razão! Sabes que além destes fortes que visitámos exis-
tem diversos fortins situados em outeiros, para completar a
linha de defesa da cidade.
- Fortins? – estranhou o Pedro.
- Sim, é a designação que se dá a umas fortificações mais pe-
quenas, construídas no século XIX, que possuem diversas ca-
nhoeiras, que são aberturas na fortificação para colocação de
canhões. Além disso, estão rodeados por um fosso com cerca
de seis metros de profundidade – ensinou a tia.
- Ufff! E há muitos fortins em Elvas? – perguntou, curiosa, a
Filipa.
- Há vários. O de S. Mamede, o de São Pedro e o de S. Domingos.
E agora que me dizem a um belo lanche? – convidou a tia.
- Boa ideia! – concordaram todos, com visível satisfação.
- Vou levar-vos a comer umas farturas. Aqui em Elvas há quem
lhes chame brinhol – ensinou a tia.
- Adoro farturas! – reagiu a Filipa.
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