- Ainda bem que gostaram. Vamos tomar o pequeno-almoço e, de seguida, vamos visitar esses
três locais que vos saíram na rifa – afirmou, lançando-lhes uma piscadela de olho.
- Na rifa, não! No folheto! – disse o Tiago, soltando uma gargalhada.
Como prometido, a tia levou-os de carro para o programa que lhes ia ocupar o dia todo. Os pais
aproveitaram para conviver com uns familiares e dar umas voltas pelo comércio local. A mãe
queria ir ao mercado instalado na chamada Casa das Barcas e a seguir comprar uns atoalhados.
- Tenho pena de não ir com a mãe ao mercado - confessou a Filipa.
- Fica num edifício do início do século XVIII, conhecido por Casa das Barcas, situado na Rua dos
Quartéis. Mas não fiques com pena, porque amanhã tenho de lá ir, bem cedo, e já tencionava
levar-vos – consolou-a a tia.
- E porque é que se chama das barcas? Aqui não há mar – constatou o Pedro.
- Porque era nesse local que se guardavam as barcas para atravessar o rio Guadiana. A partir de
1823 funcionou como teatro. A rainha D. Maria II chegou a assistir lá à representação de uma
peça, durante uma visita a Elvas. No tempo das guerras liberais serviu de prisão, depois voltou
a ser teatro. Também foi nesse edifício que decorreram, no início do século XX, as primeiras
sessões de cinema. Atualmente funciona como mercado municipal.
Mercado Municipal - Casa das Barcas
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