- Então e tu? – interrogou de volta, o Pedro.
- Eu fui à casa de banho e reparei que esta porta estava aberta e ouvi vozes, por isso vim ver
quem era – justificou-se a Filipa, o que muito espantou os gémeos a quem raramente dava ex-
plicações.
- Já que aqui estás, abre o teu envelope para ver o que diz – convidou o Tiago, a rebentar de
curiosidade.
A Filipa assim fez e leu incrédula: - “Enquanto alguém dormia na cozinha fervia…”. Isto é uma
pista - concluiu.
- Não é uma, são três! Uma para cada um de nós! E parece-me que temos de procurar o resto em
diferentes sítios da casa – observou o Tiago.
- Eu, pelos vistos, tenho de ir ao quarto, tu à biblioteca e a Filipa à cozinha – concluiu o Pedro.
E lá foram os três à caça de mais pistas. Ao fim de algum tempo, o Tiago descobriu um envelope
maior, que sobressaía entalado entre dois livros, numa estante. Abriu-o e descobriu um folheto
sobre o Museu Militar. Entusiasmado, foi ter com o Pedro ao quarto.
- Descobri! Descobri! – gritou, entrando de rompante, de mão no ar, exibindo o folheto. – Que
fixe! Aqui em Elvas há um Museu Militar!
- Eu também encontrei um! Estava debaixo do colchão! – respondeu animadíssimo o Pedro.
- Eu bem te disse que tinha de rimar! E o que é que encontraste? – perguntou o Pedro.
- Um folheto, tal como tu, mas o meu é do Forte da Graça. Espero que a tia nos leve lá!
- Contentes? – perguntou a Filipa, entrando no quarto. – Não querem saber o que me saiu?
- Claro que queremos! – respondeu, pelos dois, o Tiago.
- O Forte de Santa Luzia! – disse a Filipa.
- Bom dia, gaiatos! - cumprimentou a tia, espreitando para dentro do quarto. – Eu bem descon-
fiava que se iam levantar cedo…
Viraram-se os três para a porta e responderam: - Bom dia tia!
- Que grande surpresa! – reagiu a Filipa, cada vez mais encantada com aquela tia tão divertida
e amiga.
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