À Descoberta de Elvas SITE | Page 23

forma de coroa. Depois de umas brincadeiras dos gémeos, que aproveitaram para si- mular um torneio entre cavaleiros medievais, iniciaram o regresso a casa da tia. Para encanto do Tiago passaram numa zona de quartéis, uma das mui- tas da cidade, que dá nome a uma rua, a Rua dos Quartéis da Corujeira. - Sabem que não é por acaso que, como vos disse, Elvas é conhecida como Cidade-Q uartel. Existem cá mais de cem edifícios com caracte- rísticas militares – informou a tia. - O meu irmão quer ser militar – contou o Pedro à tia. - Então e tu, também queres? – interrogou a tia. - Não, eu quero ser veterinário! – respondeu o Pedro. - Bonita profissão, tratar de animais! Já agora, vamos aproveitar para uma breve visita ao cemitério dos ingleses - anunciou a tia. - Dos ingleses? – estranhou o Tiago. - Sim! – confirmou a tia. – Foi mandado construir no tempo da Guerra Peninsular, no início do século XIX, para aqui serem sepultados os mi- litares ingleses mortos em combate. - Foi no tempo das invasões francesas. Quando Napoleão invadiu Por- tugal, pedimos ajuda aos ingleses que vieram em nosso auxílio para expulsar os franceses – acrescentou o pai. - Ah! Estou a ver – disse o Tiago, com um ar entendido. - Os painéis que aqui veem fazem referência às forças militares ingle- sas e espanholas que combateram na batalha de Albuhera, em 16 de Maio de 1811 – indicou o pai. - Este cemitério parece um jardim – reparou a Filipa, sentando-se por momentos num banco à sombra de uma árvore com uma grande copa. À saída, passaram pela igreja de S. João da Corujeira, contígua ao 23