Capítulo III
Triiiiiiiiiiiiiiiiiim! Soou de novo a campai-
nha quando o pai premiu o botão pela
segunda vez. Do lado de dentro ouviu-se
uma voz:
- Já vai!
Os irmãos escutaram intrigados. Quem
seria? Para onde é que os pais os esta-
riam a levar? Tinham percebido, pela voz,
que era uma senhora e parecia contente.
A espera foi curta, pois a porta abriu-se
de imediato e à sua frente viram uma
cara sorridente, com menos idade do que
tinham imaginado.
- Viva! Finalmente chegaram! Estava aqui
apoquentada e ansiosa por vos ver! Que
grandes que estão os gaiatos! – disse de
rajada, sem os deixar falar.
- Olá tia Piedade! – cumprimentou o pai,
assim que teve oportunidade.
- Mas entrem! Entrem! - convidou a tia,
que por sinal era a irmã mais nova da avó Rosinha. – Que cabeça a minha. Pus-me para aqui a
falar e nem vos deixei passar a porta.
- Não se preocupe, tia! Já tínhamos saudades suas – disse a mãe, enquanto as três crianças da-
vam, à vez, um beijo à tia, que lho devolvia com uma festa na cabeça.
- Chegaram mesmo a tempo do almoço! – anunciou a tia. – Resolvi fazer-vos uma ementa com as
especialidades aqui da terra.
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