You Fashion Edição 18 Edição 18 | 2019 | Page 26

26 27 LENTES PODEROSAS LU CANTILIANO, NOSSA FOTÓGRAFA QUERIDINHA, CONTA COMO O ENSAIO FEMININO FEITO COM MUITO BOM GOSTO E SENSIBILIDADE, É CAPAZ DE EMOCIONAR E TRANSFORMAR A VIDA DAS MULHERES. P OR U YA RA T E IXEIRA FOTOS L U CANTIL IANO Q Isadora Motta uem não gosta de tirar fotos hoje para bombar nas redes sociais ou não gostaria de um belo álbum de casamento para mostrar para os netos, ou ainda, se sentir uma diva num ensaio sensual? Seja lá como for, desde recém nascidos, AUTO-ESTIMA ELEVADA COM ALGUNS CLIQUES E, nesses momentos em que algumas passam por fases de insegurança, o photoshooting vem para mexer com a autoestima, com a confiança e aceitação delas comidas a bichinhos de estimação, as fotografias seguem mesmas. E Lu se empenha para extrair a essência como um dos hábitos e desejos de todo mundo que quer e valorizar o melhor de cada uma. Muita conversa guardar e registrar todos os momentos e “parar o tempo”. para entender e conhecer essa mulher de 30 ou 40 E, por isso, elas por si só já são poderosas! Inúmeras são as e poucos anos, que já viveu muitas experiências e imagens, ora com mulheres, ora feitas por mulheres, que tem uma história pra contar. “Muitas se emocionam entraram para história como ícones e mudaram o mundo. e nem se reconhecem quando se veem bonitas nas Lu Cantiliano, 38 anos, é dessas que usa a fotografia fotos, essa é minha maior realização.”, comenta Lu. para fazer a diferença na vida de tantas outras e, por Joy Campsie Renata Gomes E através dos cliques, das poses, de todo o isso, define seu trabalho como “fotografias de amor e de ambiente criado e preparado, elas vão se despertando sentimentos” no seu perfil do Instagram (@lu_cantiliano). para novos momentos, criando coragem para mudar A gaúcha, de Rio Grande, está em Macaé há 18 anos, realiza atitudes, como o simples uso de um batom vermelho, ensaios fotográficos há cinco, capturando e eternizando que antes não usavam. E, assim, vão se sentindo mais momentos, seja em editoriais de moda ou em eventos como: ousadas, se aceitando e se amando como são. Eliza Nogueira da Costa casamentos; Pre Wedding; com famílias; em aniversários de 15 anos e da geração de adolescentes que quer fotos profissionais para postar nas redes sociais, of course! Além dos já conhecidos ensaios, Lu também é muito TODO PODER A ELAS By the way, o verbo “empoderar”, segundo nosso dicionário, é “investir-se de poder, a fim de promover requisitada por mulheres mais maduras, na faixa dos 30 a ações que possam provocar mudanças positivas no 50 anos, que buscam na fotografia redescobrir o sentimento grupo social”. A palavra do momento carrega um de “empoderamento”. “A maioria é casada, teve filho cedo conceito que parece novo, mas não é. O neologismo e deu prioridade a outras coisas ao invés delas mesmas e, veio do termo inglês “empowerment”, ligado aos por isso, resolveram se permitir a experiência de serem movimentos das mulheres negras nos EUA, que modelos por um dia.”, conta Lu. buscam seus direitos na sociedade – até hoje. Desde a fundação do mundo, as mulheres já nascem Ivana Zimmermann “Se tu empodera a mulher na hora da foto, consegue extrair muitos sorrisos lindos e espontâneos; muitos olhares, que ela nunca deu pra ninguém, mas que ela sabe fazer e quer fazer; quer se sentir modelo, se sentir sexy. Mulher quer se sentir sexy, não adianta.” 22 99825.9490 @lu_cantiliano Lu Cantiliano Photography lucantilianophotography@ gmail.com O termo evoluiu e alcança o universo feminino “empoderadas”. Sim! Porque dar à luz, educar filho, como um todo, com a ideia de “dar poder”, “dar voz” trabalhar, cuidar de marido, cachorro, gato, papagaio, a todas as mulheres, seja na Política, na Ciência, na fazer depilação à cera e ficar linda, bela e maravilhosa não Medicina, na Comunicação, nas artes, no cinema, na é para qualquer uma, não! É só para as fortes e poderosas, Moda... enfim! Onde quiserem! E, na fotografia, claro, a sociedade só nos fez esquecer do nosso poder para nos não poderia ser diferente, seja à frente ou por trás encaixar num padrão irreal que alimenta o patriarcado. das câmeras. L U C AnTiLiAnO Jamilly Coutinho