W - Ao fim de uns dias decidiste dormir sempre com o teu bebé, nunca tinha ouvido isso e a ideia faz sentido!
R- Na maternidade, as enfermeiras disseram-me que podia colocar o meu bebé na caminha dele ao lado da minha ou, se preferisse, podia dormir com ele. Aquilo pareceu-me fantástico e como as enfermeiras que, tinham experiência na coisa, diziam que não havia problema, acabei por dormir com ele aos bocadinhos enquanto lá estive.
Quando chegámos a casa, durante as primeiras duas semanas, deixei-o a dormir, num berço pequenino (que também construí), ao meu lado pois estava cheia de dores por causa da cesariana e ainda estava a habituar-me à vida com um recém-nascido, mas acontecia sempre acordar de madrugada para dar de mamar e usar isso como desculpa para o trazer para a minha cama.
Na verdade, acho que todos gostamos de dormir aconchegados e todos os mamíferos dormem junto das crias, por isso não me fez sentido deixar o meu bebé a dormir num berço sozinho e facilitou muito a amamentação porque passamos a um regime “self-service” e não precisei de me levantar, dar de mamar, esperar que ele adormecesse, colocá-lo na cama e voltar a dormir, ele próprio mamava sozinho, é intuitivo.
W - Criaste uma empresa de catering vegan. Já existe muita procura?
R- Quando criei a MAMÃ ROMÃ não encontrei nada semelhante no mercado. Iniciei o projeto a desafio de um amigo meu que tem uma quinta pedagógica e precisava de alguém que fizesse o serviço de catering e a decoração e, como já há algum tempo tinha pensado criar algo do género mas que se destacasse de alguma forma, decidi, então juntar a minha paixão pelos trabalhos manuais com a minha paixão pela cozinha e mostrar ao público que é possível festejar de forma sustentável e deliciosa sem explorar animais e sem abdicarmos das gulodices a que estamos habituados.
A procura tem sido cada vez maior, as pessoas estão cada vez mais conscientes do impacto que a exploração tem nos animais e no mundo e havendo boas alternativas, estão cada vez mais abertas a experimentar.
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