MARINA RUY BARBOSA
"Já leu Dez Argumentos para Você Deletar Agora Suas Redes Sociais?", me perguntou Marina Ruy Barbosa, enquanto tirava os tênis e se ajeitava com as pernas cruzadas na poltrona do quarto de um hotel na Barra da Tijuca , no Rio, onde, nas quatro horas seguintes, tivemos uma animada (e emocionante) conversa. "É um livro interessante e, ao mesmo tempo, assustador, porque você começa a entender que todo mundo está sendo observado de alguma forma em todos os momentos da vida, inclusive pelo celular
"VOCÊ VAI ENTENDENDO E
SENTINDO COMO A EXPOSIÇÃO
PODE SER USADA PARA O MAL"
- e, às vezes, a gente passa mais tempo olhando para uma tela do que para as pessoas, né?, diz sore o best-seller do filósofo Joron Lanier, recém-lançado no Brasil
(Intrínsena, 192 págs., R$ 27).
Mesmo sendo ela própria uma protagonista deste por vezes assustador sci-fi contemporâneo, Marina não pensou em deletar as suas. "Não dá para ser oito ou 80 porque sou uma comunicadora. Uso
as redes sociais também como uma ferramenta de trabalho", explica. "É o lugar em que divulgo a novela, o filme que estou fazendo, as campanhas publicitárias e também trato de assuntos que considero relevantes." Aos 23 anos, a carioca nascida na Gávea tem mais de 32 milhões de seguidores no Instagram (ela não usa Facebook), o que a coloca entre as influenciadoras digitais mais relevantes do mundo - a rede social não publica rankings, mas em comparação, no Brasil, o jogador Neymar tem 11 milhões; a cantora Anitta, 37,2 milhões, e a atriz Bruna Marquezine, 35,3. É a própria Marina quem
cuida de seus posts, que vão desde memórias de infância, como um retrato de quando era bebê, vestida de coelhinho ao lado de sua mãe - que recebeu mais de 1,2 milhões de likes em um dia -, à divulgação das seis grifes das quais, atualmente, é garota propaganda.