Você sabe a diferença entre Paleontologia e Arqueologia?
Jussaric Word por um paleontólogo
Por conta da composição química do solo, das temperaturas e de outros fatores ambientais, muitas das áreas de interesse para os cientistas são também pontos com forte presença extrativista. Apesar do interesse comum em explorar o que nas camadas mais profundas do solo, paleontólogos e mineradores têm poucas afinidades.
Um time de paleontólogos - a maioria vinculada a universidades do Nordeste - tenta, porém, vencer resistências e criar um sistema de cooperação benefício para os dois lados. A iniciativa, que começou com parcerias informais e encontros para sensibilização das empresas da região, também se articula com autoridades e instituições de pesquisa para tentar incorporar na legislação incentivos e obrigações para as mineradoras.
“Criar uma estratégia estruturada de cooperação poderia aumentar, e muito, os acervos de fósseis disponíveis no país, tanto para a pesquisa como para exposição em museus”, diz a líder da iniciativa, Alcina Barreto, da UFPE.
ACEITAÇÃO
Do lado das mineradoras, os benefícios podem ser menos óbvios, mas já tem conseguido atrair a atenção das companhias, interessadas em associar suas imagens a boas práticas sociais e científicas.
“Para nossa empresa, achamos essas visitas [de paleontólogos] muito importantes, tanto para troca de conhecimento como para que a mineração seja mais conhecida em todos os seus processos”, diz o engenheiro de minas Marcelo Dall’Antonia, da Calcário Amaral Machado.
“Criar uma estratégia estruturada de cooperação poderia aumentar, e muito, os acervos de fósseis disponíveis no país, tanto para a pesquisa como para exposição em museus.”
Alcina Barreto
Professora de paleontologia da Universidade Federal de Pernanbuco (ufpe)