Gabriela se levantou, com muito esforço, e preparou um café da manhã dos campeões: suco de misturado com vodka. Nem ela acreditou na cena, mas foi a única saída que encontrou para encarar o peso de mais um dia inteiro no escritório.
"Pessoas que estão de saco cheio do trabalho ficam loucas pelo fim do expediente.
Aí saem com os amigos, vão ao cinema. Mas alguns, por mais que odeiem o trabalho, não conseguem se desligar dele, só pensam nisso. Chegam em casa mortos e não fazem mais nada”, explica a psiquiatra Emmanuel Kanter. É como se, para essas pessoas, todos os dias, inclusive os fins de semana, fossem repletos de medo e de uma sensação de incompetência. O corpo nunca desliga o sinal de alerta. E, uma hora ou outra, mostra sinais de exaustão, que, se agravados, podem ser até fatais.
HUMANOS MODERNOS
Essa tal síndrome de burnout tem uma história ainda recente. Ela envolve três sintomas: exaustão emocional; cinismo e ceticismo; e baixa realização profissional. Mas ainda nem chegou a entrar para o Manual Diagnóstico e Estatístico (DSM, na sigla em inglê),
uma espécie de bíblia da psiquiatria. Quem tem espaço especial nesse manual há tempos é outra doença bem mais popular: a depressão. E a similaridade entre as duas, por vezes, confunde os psiquiatras - Gabriela e Helloá, por exemplo, apresentaram sintomas físicos típicos da depressão, mas a raiz da depressão, mas a raiz do problema era uma só: o trabalho. “É comum diagnosticar pacientes com depressão quando,
Que tal uma música para relaxar?