Vida de Restaurante 2ª edição Gastronomia e Arquitetura | Page 54

O começo

Tudo começou quando seu pai , Rubens Augusto , aos 50 anos , tinha perdido o emprego . Era década de 1980 , com inflação galopante e desemprego nas alturas . Sem encontrar trabalho , passava os dias de pijama em casa . Até ter um infarto . “ Disseram que o problema dele era emocional , que era uma depressão por causa da ausência de atividade ”, lembra o filho , Rubens Augusto Junior , na época com 25 anos .
Os médicos alertaram que o patriarca poderia ter um novo infarto . Preocupado com a situação , Rubens Junior aluga um sobrado e abre uma pizzaria com outros dois cunhados no bairro do Paraíso , em São Paulo . O pai participava do dia a dia do negócio , mas Rubens continuou com seu emprego na CESP e , após sua jornada de trabalho fixo , diariamente ajudava a família com a pizzaria .

Os diferenciais e inovações

Em 1985 , além da pizza , o negócio já oferecia um sistema diferenciado de consumo : o delivery , até então incipiente no país . Para solucionar o problema das pizzas frias ( já que na época o produto era entregue a pé ou através de bicicleta ), desenvolveu uma embalagem de fibra de vidro que tinha a capacidade de manter a temperatura adequada . Nascia a primeira criação do Rubens na área e uma inovação do segmento que depois foi utilizada por todas as empresas do mercado de pizzas . No ano seguinte , mais uma criação : as bordas recheadas . E em 1992 já abre sua 3 ª. casa , na cidade de São Paulo .
Mas no final dos anos 90 , a situação muda . Um dos sócios e seu pai faleceram , o que fez Rubens Junior fazer uma opção : continuar como funcionário da CESP ou apostar no empreendedorismo . Decide se arriscar e ir atrás do sonho . Deixa o emprego convencional e passa a trabalhar integralmente na pizzaria . No mesmo ano , recebe o convite de abrir a primeira unidade em shopping center . ( Shopping ABC Plaza , atual Grand Plaza ). Rubens incorpora ao cardápio novas categorias de produto como massas e carnes , para atender a demanda de almoço , oferecendo um produto exclusivo e de qualidade artesanal , mesmo no mercado de fast-food ;
Em 2003 , com nove lojas próprias e seis anos após a inauguração da primeira unidade em shopping , a Patroni entrou no mercado de franquias . A empresa viu no franchising a maneira mais apropriada de expandir a marca . Em um ano , a Patroni já contava com 17 lojas , quase 100 % de crescimento . “ O grande boom foi com a implantação da franquia , onde crescemos mais de 30 % ao ano , chegando em 3 anos ( 2006 ) como a maior rede de pizzarias do estado de São Paulo , e em 2009 a maior rede de pizzarias do Brasil . Para adquirir uma unidade da rede , o possível franqueado passa por um processo seletivo , que inclui diversos questionamentos e até teste psicológico . A empresa possui um retrato ideal de franqueado e o candidato deve corresponder aos requisitos solicitados . Análise de perfil , capacidade de investimento e viabilidade de negócio também são avaliados para minimizar os ricos para ambas as partes ”, explica Rubens .
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