Umbanda Saravá Set. 2019 | страница 17

Consciência na Umbanda ou uma Umbanda mais consciente?

Não existem dois modos ou tipos, o que você incorpora no terreiro há de se incorporar fora dele. Ter uma forma de consciência que derive e ultrapasse a consciência mítica, embora possa conviver com ela passando a incorporar os aspectos morais/éticos, de maneira mais explícita e mais genuína.

Sendo mais clara, não adianta incorporarmos uma Negra Velha ou Negro Velho, uma Cabocla ou Caboclo, um Exu ou uma Pombagira e lá fora ser racista, homofóbico, machista, sexista, misógino, preconceituoso(a).

Precisamos incorporar lá fora o que eles representem na sua raça, forma e identidade. Não cabe mais a nós umbandistas somente reverenciar essas entidades que fazem parte das raças, etnias e grupos que são discriminados lá fora e dentro do terreiro somente naquele dia, naquela gira, naquele horário eu reverencio, bato cabeça, tomo a bênção e incorporo.

E lá fora, como ajo?! Como penso?!

Lá fora requer, nas portas deste novo século, uma sociedade cada vez mais consciente das diferenças e multiplicidades sociais emergentes e incorporar uma consciência do que essas "entidades" representam. Lutar por igualdade e direitos de todos! Uma humanidade mais justa e equilibrada, plural. Compreender nas diferenças o conjunto de igualdade que nós seres humanos temos.

A nossa amada religião já passou por algumas fases e podemos dizer que hoje vivenciamos mais uma: a tomada de uma consciência de quem somos dentro e fora do terreiro.

POR Taiane Macedo

setembro UMBANDA Saravá 17