Consciência na Umbanda ou uma Umbanda mais consciente?
Não existem dois modos ou tipos, o que você incorpora no terreiro há de se incorporar fora dele. Ter uma forma de consciência que derive e ultrapasse a consciência mítica, embora possa conviver com ela passando a incorporar os aspectos morais/éticos, de maneira mais explícita e mais genuína.
Sendo mais clara, não adianta incorporarmos uma Negra Velha ou Negro Velho, uma Cabocla ou Caboclo, um Exu ou uma Pombagira e lá fora ser racista, homofóbico, machista, sexista, misógino, preconceituoso(a).
Precisamos incorporar lá fora o que eles representem na sua raça, forma e identidade. Não cabe mais a nós umbandistas somente reverenciar essas entidades que fazem parte das raças, etnias e grupos que são discriminados lá fora e dentro do terreiro somente naquele dia, naquela gira, naquele horário eu reverencio, bato cabeça, tomo a bênção e incorporo.
E lá fora, como ajo?! Como penso?!
Lá fora requer, nas portas deste novo século, uma sociedade cada vez mais consciente das diferenças e multiplicidades sociais emergentes e incorporar uma consciência do que essas "entidades" representam. Lutar por igualdade e direitos de todos! Uma humanidade mais justa e equilibrada, plural. Compreender nas diferenças o conjunto de igualdade que nós seres humanos temos.
A nossa amada religião já passou por algumas fases e podemos dizer que hoje vivenciamos mais uma: a tomada de uma consciência de quem somos dentro e fora do terreiro.
POR Taiane Macedo
setembro UMBANDA Saravá 17