Esses africanos trouxeram o culto aos orixás. Cada nação cultuavam suas divindades, mas com advento dos agrupamentos em senzalas houve uma necessidade de deixar as divergências religiosas de lado, para a criação do culto a louvação aos orixás que “conhecemos hoje” ou algo aproximado.
Em muitos lugares o culto foi feito através do sincretismo , usando as imagens católicas, que eram permitidas estarem nos altares, mas geralmente os assentamentos e oferendas para os orixás ficavam em baixo. Essa foi a saida que os africanos estaram em meio a este caos, para manter suas raízes, passadas pelos seus ancestrais, durante muito tempo.
O primeiro terreiro e portanto o mais antigo do Brasil, do qual se tem registros nasceu capital baiana, foi fundado em 1830, o terreiro da Casa Branca do Engenho Velho (em língua yorubá, Ilê Axé Iyá Nassô Oká) e o primeiro registrado no Rio de Janeiro foi, o terreiro Ilé Àsé Òpó Afònjá, as atividades começaram em 1886, mãe Aninha de Xangô que veio da Bahia fundar seu terreiro no Rio, na zona portuária, mas sofreu muita intolerância religiosa até achar o local que estão hoje. Esses são os terreiros precursores, e quantos outros preferiram ficar ocultos para não sofrer os ataques policiais, ordenados pelos religiosos ou a corte.
Eles faziam de tudo para exterminar qualquer religião, sabemos o que aconteceu com os judeus, índios e os próprios escravizados. É dessa raiz que nasce o preconceito e o racismo religioso, refletido no momento atual, mesmo passando um pouco mais de um século.