Um Olhar sobre o Recôncavo Um Olhar Sobre o Recôncavo | Page 9
e Religião
Victória Moraes
E
s
da
• by: Bruna Almeida
• by: João Lucas
• by: João Lucas
m razão da intensa presença religiosa no recônca-
vo Baiano, manifestações como forma de devoção
às crenças predominantes, ocorrem frequentemen-
te. A exemplo do culto dos orixás e caboclos, bem como
da Irmandade de Nossa Senhora da Boa Morte, formada
durante o século XIX em Salvador e que posteriormente
migrou para Cachoeira.
Outrossim, festas de cunho histórico também são recor-
rentes, sendo essenciais para que a cultura seja mantida e
perpassada de geração em geração. Ainda assim, o soci-
ólogo Max Weber explica esse comportamento da popu-
lação local por meio da ação social tradicional, que tem
como fonte motivadora os costumes ou hábitos fixados.
Exemplos dessas tradições são o samba de roda, inscrito
na lista Representativa do Patrimônio Imaterial da Huma-
nidade em 2008, o maculelê, que dá-se todo dia 2 de feve-
reiro em Santo Amaro e Cachoeira, bem como a capoeira,
resultado do povoamento escravo.
Da mesma forma, essas expressões são igualmente in-
fluenciadas pela ação social afetiva, que são geradas pelos
sentimentos dos indivíduos, sendo de grande importância
para que expressões artísticas sejam mantidas.
H
odiernamente, o recôncavo Baiano represen-
ta um dos conjuntos de maior peso cultural da
Bahia, devido à resquícios da cultura africana,
uma vez que a maioria da população é de origem afro.
Ainda assim, o recôncavo apresenta forte religiosida-
de ligada a história e costumes dos portugueses e africa-
nos, tendo o predomínio do catolicismo e do candomblé.
Outrossim, a cidade de São Francisco do Conde des-
taca-se entre os municípios religiosos do recôncavo,
evidenciando massiva presença do candomblé e do ca-
tolicismo. Por conseguinte, mais da metade dos habitan-
tes cultuam alguma doutrina de matriz africana, englo-
bando 24 terreiros mapeados, dando ênfase ao Terreiro
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