As técnicas de exposição e linguagem utilizadas durante as sessões foram adaptadas ao público-alvo, para simplificar conceitos e informações sobre o cancro da mama, nomeadamente fatores de risco e protetores da doença e reconhecimento de sinais de alarme. O questionário foi aplicado antes e após cada sessão para avaliação do impacto da mesma e incluiu perguntas para caracterizar a população, a experiência prévia com cancro, e os conhecimentos sobre cancro da mama. Os dados foram tratados estatisticamente utilizando o programa Excel ®. No final de cada intervenção também foi aplicado um inquérito de satisfação.
Resultados e discussão
Cancro colorretal cancro que se desenvolve no cólon ou no reto.
Análise SWOT ferramenta estratégica utilizada para avaliar as forças( Strengths em Inglês) e fraquezas internas( Weaknesses em Inglês), bem como as oportunidades( Opportunities em Inglês) e ameaças( Threats, em Inglês) externas de uma organização, projeto ou situação. Forças( Strengths): Características internas positivas que proporcionam vantagens competitivas, tal como recursos valiosos, experiência, boa reputação, tecnologia avançada, entre outros. Fraquezas( Weaknesses): Aspetos internos que representam desvantagens ou limitações, tal como falta de recursos, falta de experiência, processos ineficientes, entre outros. Oportunidades( Opportunities): Fatores externos que podem ser benéficos para a organização ou projeto, tal como mudanças no mercado, avanços tecnológicos, lacunas na concorrência, entre outros. Ameaças( Threats): Fatores externos que podem representar desafios ou riscos, tal como concorrência intensa, mudanças na regulamentação, flutuações econômicas, entre outros.
A intervenção foi realizada a um total de 29 pessoas- 14 indivíduos da Academia Sénior da Cruz Vermelha Portuguesa, 9 da Fundação António Aleixo e 6 Adultos voluntários da Universidade do Algarve. Os participantes foram maioritariamente mulheres( 89 %), com uma média de 67 anos de idade e a seguinte distribuição por faixas etárias: 45-60 anos( 27,6 %), 61-75 anos( 44,8 %) e 76-90 anos( 27,6 %). Relativamente à escolaridade, a maioria completou o ensino secundário( 31 %), seguindo-se ensino básico( 20,7 %), licenciatura( 17,2 %), mestrado( 6,9 %) e doutoramento( 3.4 %), sendo que 20,7 % não respondeu a esta questão. Quanto à experiência prévia com cancro, 2 participantes tiveram diagnóstico de cancro da mama e 93 % havia tido contacto com familiares ou amigos diagnosticados com cancro, em que os mais prevalentes foram cancro colorretal, mama e pele. Cerca de metade considerou que apresenta risco de vir a desenvolver cancro da mama no futuro. Os resultados das questões sobre conhecimentos desta temática, aplicadas antes e depois da sessão, revelaram uma aprendizagem de 5,2 %, partindo de uma média de respostas certas basal de 11,72 para uma final de 12,31( num total de 13 questões), com destaque para os conhecimentos adquiridos no que se refere ao rastreio deste cancro, apesar de permanecer a área de maior erro. Revelou-se ainda a necessidade de maior investimento na literacia dos rastreios em saúde junto da população com menor escolaridade.
A faixa etária dos 45-60 anos apresentou a média mais elevada de respostas certas, isto é, revelou maior conhecimento quanto à temática, anteriormente à apresentação, enquanto a faixa etária dos 76-90 anos foi a que apresentou uma maior diferença de respostas certas no questionário pré e pós sessão. Também se verificou que, quanto mais elevado o nível de escolaridade, maior a média de respostas certas. Relativamente ao inquérito de satisfação, os resultados mostraram que os participantes recomendariam estas sessões a outras pessoas, pois a informação foi transmitida de forma clara e útil, favorecendo novas aprendizagens. Por fim, foi aplicada a análise SWOT para avaliar a intervenção, nomeadamente os pontos fortes e fracos, oportunidade e riscos.
A adaptação do discurso e simplificação da informação foi uma das“ Strenghts” detetadas na análise SWOT e que poderá ter sido relevante no
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