tendências : a ) o período de declínio entre 1952 e 1976 e b ) o período de regeneração entre 1967 e 2011 . Durante o período de declínio , a Praia-Duna
Figura 3 . Trajetórias de resiliência do sector Cabanas-Cacela entre 1952 e 2011 . Topo : mudanças de latitude em função da variabilidade na resistência ; na base : mudanças de latitude em função da variabilidade na precariedade . Os ambientes na barreira são representados por círculos ; as setas ( junto com os anos ) assinalam o caminho da trajetória . As áreas coloridas nos gráficos marcam valores abaixo dos críticos nas dimensões principais de resiliência ( azul : latitude crítica ; laranja : resistência crítica : verde : precariedade crítica ).
Banco arenoso depósito submerso de areia que existia inicialmente foi destruída , com valores abaixo do crítico em latitude e resistência , até à situação em que restaram apenas bancos arenosos , com resultante perda de identidade . Simultaneamente , houve também aumento de precariedade por ter havido deslocação para terra da ilha barreira . No período de regeneração , a ilha barreira ganhou latitude e resistência , junto com um progressivo aumento do número de ambientes ( primeiro só praia , em 1976 ; depois duna em 1986 , e depois sapal em 2001 ) e da elevação da duna que persistiu até ao final do período em análise . A precariedade voltou a aumentar no início da recuperação , mantendo-se depois estável . Desta forma , globalmente , o sector estudado ultrapassou um limiar de latitude e resistência com a perda da sua estrutura , mas teve capacidade de regeneração a partir do momento em que se voltou a desenvolver a duna . É de salientar , no entanto , que ocorreu um aumento permanente de precariedade .
Finalmente , importa referir que a capacidade de adaptação é primordial na resposta resiliente . Nos casos em que o sistema não é capaz de lidar com os estímulos externos , a sua destruição ( criativa ) pode mesmo ser
necessária , para que haja reorganização numa posição mais estável . Isto foi 21