ATIVISMO
OU
CLICKTIVISMO ?
Cada vez mais nos dias de hoje as redes sociais ocupam um papel central na nossa vida. Somos completamente dependentes destas plataformas, quer seja para partilharmos o nosso dia, estarmos informados ou vermos o que se passa à nossa volta. Naturalmente, há quem tenha mais exposição mediática nas redes sociais, e , portanto, uma "voz" digital. Um exemplo claro são os youtubers, os instagrammers, os criadores de conteúdo... Muitas vezes são vistos como fontes de conhecimento e é lhes conferido pelo espectador um sentido de autoridade, com isto quero dizer que, as suas escolhas são credíveis e as suas opiniões podem afetar e determinar certos comportamentos.
Vejamos a título de exemplo a youtuber e digital content creator Alice Trewinnard, uma jovem adulta cuja opinião e divulgação de produtos e ações é tida em conta por milhares de pessoas. Tal como ela, existem muitos outros youtubers que utilizam as suas plataformas para chamar a atenção de causas importantes, o que coloca uma dúvida, serão as suas ações verdadeiro ativismo ou apenas clicktivismo?
Muito se têm espalhado nas campanhas de sensibilização ambiental, cujo impacto não é apenas local, mas muitas vezes internacional. A possibilidade de partilha de dados e experiências é fundamental para espalhar uma mensagem de sensibilização, uma chamada de atenção às ações que são levadas a cabo diariamente, e deste modo formar um espécie de grito digital ao mundo real sobre as atitudes inconsequentes muitas vezes tomadas por todos nós.
Contudo é fundamental tentar perceber se este grito é efetivamente genuíno e tem em vista a criação de um espaço digital mais culto, informado e consciente, ou é apenas uma forma destes influencers, angariarem diferentes tipos de público através da propagação de mensagens diversas e assim obterem maior alcance digital.
Acredito, talvez ingenuamente, que as ideias que transmitem têm como objetivo não só chamar a atenção dos problemas ambientais e consequentemente a criação de grupos de consciencialização, como também procuram potenciar outras oportunidades como: o aumento de pequenos ativistas motivados por ações de outros, criação de software e hardware que facilitem o maior alcance dos objetivos das organizações pró ambientais. As redes sociais são cada vez mais uma ferramenta que fornece um espaço e meios para as pessoas interagirem de forma global sobre os problemas da atualidade, com destaque específicos, neste artigo, para os problemas ambientais. Os indivíduos têm agora um universo onde são livres de partilhar tudo o que assim desejarem e se conectarem globalmente uns com os outros, discutirem problemas e arranjarem soluções... As redes sociais remodelaram a forma como comunicamos, com a sua ajuda as trends emergentes atraem diferentes públicos o que se traduz num maior engagement social dá voz ao coletivo e aos seus desejos de mudança, e talvez isso sirva de motor para a mudança da qual toda a gente parece estar à procura. Como forma de sugestão e para que se possam informar um pouco mais acerca daquilo que está ao nosso alcance e que podemos efetivamente fazer para contribuir para um mundo mais verde, deixo vos um link para um vídeo que pode elucidar-vos.
O poder de ação presente nas redes sociais
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