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A curiosa e curta vida de

uma jovem judia

O diário também teve repercussão na África do sul.Após receber um prêmio humanitário da Fundação Anne Frank em 1994,Nelson Mandela chamou uma multidão em Johannesburgo,dizendo

que ele tinha lido o diário de Anne Frank enquanto estava na prisão e que o livro lhe trouxe muito estímulo.Na luta contra o nazismo e o apartheid,ele explicou o paralelo entre as duas filosofias:''porque estas crenças são patentemente falsas e porque eram e sempre serão desafiadas por gente como Anne Frank,elas estão no limite do fracasso''.

Nos dias atuais,o diário da jovem já vendeu mais de 30 milhões de cópias,foi publicado em mais de 60 países e está traduzido em mais de 70 línguas.Com todo o sofrimento causado por tantas guerras e batalhas entre homo sapiens durante nossa história,muitos leitores afirmam,que,verdade ou mentira,autêntico ou forjado,o testemunho de uma menina a quem a vida foi roubada cedo demais,por razões absurdas,vai mais longe que os fatos.Anne é apenas uma,entre milharesde outros adolescentes cheios de sonhos,de dúvidas e questões,que tentaram escapar como podiam a um destino trágico.

Em 1947,surgia nas livrarias a primeira edição do aclamado diário da adolescente alemã Anne Frank,sobre o período em que permaneceu escondida no prédio de uma das empresas de seu pai.Publicado em holândes,sob o título de Het Achterhuis(o anexo),pouco demorou a ser um autêntico êxito de vendas.Isso gerou grande repercussão.Foi traduzido para o inglês,tornando-o ainda mais famoso,além de ter tido várias adaptações para o cinema e para o teatro.

Mas,a partir da década de 1950,muitos críticos literários e leitores em geral começaram a questionar a autoria do diário,por conter reflexões e pensamentos profundos sobre sua vida e sobre a Grande Guerra.Esse caso realmente acabou no tribunal,com o escritor Meyer Levin acusando Otto Frank,reclamando os direitos de autor do diário e a falta de pagamento pelo trabalho.O escritor venceu o caso,tendo o pai de Anne sido condenado a pagar 50.000 dólares.

"Uma das maiores fraudes históricas" e "Uma infindável e lucrativa jogada de marketing",dizia o investigador e especialista Robert Faurisson.Porém,do outro lado da moeda,há muitos que dizem que o diário é autêntico.Alguns argumentam que,durante os 2 anos de cativeiro que Anne passou,seus estudos e a situação em que passava levaram-na a refletir mais seriamente sobre tudo,justificando seus textos complexos.