Trata-se de uma psicopatologia caracterizada pela aquisição compulsiva de objetos desnecessários, dificuldade em desfazer-se dessas posses mesmo que estas não apresentem mais utilidade ou causem desorganização, e desorganização do ambiente de convívio. Pacientes com TA tendem a guardar e armazenar itens aleatórios, acreditando que esses objetos poderão ter utilidade futuramente e apresentar algum valor financeiro ou afetivo, sentindo-se mais seguros ao guardá-los. Na maioria das vezes, o comportamento de acumular prejudica diversos aspectos da vida cotidiana, como o âmbito social e ocupacional, dificultando o convívio com esses indivíduos. Por isso, pessoas com características de TA podem acabar se isolando e, normalmente, relatam não se sentir confortáveis quando outros sujeitos frequentam sua residência
Pesquisas relatam que 4 % da população mundial apresenta esse transtorno, sendo conhecida, equivocadamente e muitas vezes, como doença de pessoas idosas. Acomete, porém, indivíduos de ambos os sexos, de todas as classes sociais, mas também adultos e jovens, associados a um determinado diagnóstico neuropsicopatológico, apontando para um forte declínio cognitivo, social, físico e funcional.
A psicoterapia concentra-se em localizar as causas da acumulação compulsiva, nomeadamente as raízes da ansiedade. Ao fazê-lo, é possível mudar aos poucos a mentalidade da pessoa afetada. O tratamento geralmente inclui uma combinação da psicoterapia com medicação.
O transtorno de acumulação se diferencia do colecionar normal. Por exemplo, os sintomas do transtorno de acumulação resultam na acumulação de inúmeros pertences que congestionam e obstruem áreas em uso até o ponto em que o uso pretendido é substancialmente comprometido. A forma de aquisição excessiva do transtorno de acumulação, que caracteriza a maioria, mas não todos os indivíduos com o transtorno, consiste no acúmulo excessivo, compra ou roubo de itens que não são necessários ou para os quais não há espaço disponível.
O primeiro passo é buscar ajuda profissional( psicológica). É possível ajudar alguém que tenha esse transtorno através da conscientização do indivíduo sobre os prejuízos em viver num ambiente de acúmulos exagerados. Também é importante promover a consciência do benefício da doação do que for útil, além da melhora na qualidade de vida.