Avaliação dos efeitos da proteína antifúngica de Moringa oleifera, Mo-CBP3, sobre embriões de peixe-zebra (Danio rerio)
Figura 5. Embriões e larvas de peixe-zebra (D. rerio) após exposição a diferentes concentrações
da proteína antifúngica Mo-CBP 3. A) Embrião com 48 hpf apresentando coágulo na região do
saco vitelínico (seta) exposição à 0,08 mg/L de Mo-CBP 3 ; B) Larva com 80 hpf em processo
atrasado de eclosão apresentando coágulo na região do saco vitelínico (seta) após exposição
à 0,6 mg/L de Mo-CBP 3 ; C) Larva com 100 hpf apresentando curvatura anormal na coluna
vertebral (seta) após 96 h de exposição à 0,6 mg/L de Mo-CBP3; D) Embrião controle com 48
hpf mantido apenas com água do aquário; e E) Larva controle com 96 hpf.
Fonte: Elaborado pelo autor.
Ao final das 96 h de exposição foi
constatada a morte da maioria das larvas
(70%), mesmo para a menor concentração
testada (0,039 mg/L). As larvas que morreram
com aproximadamente 96 hpf, apresentaram
espasmos e contorção corporal intensa
até assumirem formas inusitadas (Figura
6). Talvez esse comportamento possa dar
indícios de possíveis efeitos neutóxicos da
Mo-CBP 3 (TIERNEY et al., 2011) .
Mo-CBP 3 mostrou-se mais tóxica
a embriões de peixe-zebra do que o
inicialmente previsto. Nesse sentido, mesmo
a concentração mais baixa utilizada (0,039
mg/L) ainda conseguiu causar efeitos
deletérios severos nos embriões e larvas e
alta taxa de mortalidade, o que impossibilitou
o cálculo da CL 50. Até este ponto do nosso
estudo, a partir dos dados coletados é possível
afirmar apenas que Mo-CBP 3 possui CL 50 <
0,039 mg/L para embriões de peixe-zebra
com 96 hpf. No entanto, para o próximo
período de vigência do PIBIC 2017/2018 está
planejada a conclusão da determinação da
CL 50 bem como a avaliação dos possíveis
mecanismos envolvidos na toxicidade dessa
proteína.
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