COMO FUNCIONA A POUSADA?
“É uma pousada domiciliar. Eu tinha uma pousada antes com oito cômodos, mas o movimento era pouquíssimo, aí arrendei para fazer o Pub Alemão. Agora tenho cinco quartos que alugo no final de semana para famílias, para quem quiser ficar um final de semana em São Pedro. Às vezes são pessoas de algum casamento; de uma festa, que bebem e não querem voltar porque estão alcoolizadas e acabam se hospedando aqui."
QUANTAS PESSOAS A POUSADA RECEBE?
“Eu consigo acomodar doze pessoas, mas tem mês que passa e não vem ninguém, depois de repente vem um grupo quando tem um evento em São Pedro, um seminário ou algo assim, ai dá para até ganhar um dinheirinho."
EM QUAL ÉPOCA VOCÊS RECEBEM MAIS TURISTAS?
“É mais final de ano. Eu hospedei uma família de Brasília 15 dias. Eles ficavam aqui durante a noite, tomavam café da manhã e depois iam para as praias de Florianópolis. Preferiam se hospedar aqui por que é mais calmo, tranquilo. No verão está tendo mais movimento que o inverno."
ONDE SE LOCALIZA A POUSADA?
“Fica na rua João Carlos Clasen, no centro de São Pedro de Alcântara, número 235, ao lado da Igreja."
NÃO HÁ NENHUMA PLACA INDICANDO QUE ESSE LOCAL É UMA POUSADA?
“Não, só está na internet. Porque se eu boto uma placa, as pessoas batem altas horas da noite e acham que tem que atender e não é assim que funciona uma pousada domiciliar. ”
TEM ALGUM TURISTA HOSPEDADO AQUI AGORA?
“Não tem ninguém aqui agora. Mas todas as pessoas que vêm gostam muito, pois eu faço um café da colônia, aquele bolinho de milho feito em casa."
QUANTO CUSTA A DIÁRIA?
“A diária custa 70 reais com o café da manhã, nesse momento”.
VÊM MUITOS TURISTAS NA ÉPOCA DA OKTOBERTANZ?
“Eu recebo pessoas de Blumenau, Rio Grande do Sul, Florianópolis. Esse dia já está lotado. Vem bastante gente de fora do estado."
COMO FUNCIONA A FESTA?
“À noite tem o jantar típico alemão, com apresentações e danças. É bem divertido, o jantar é bem gostoso e no outro dia tem o desfile, a missa às 9 horas. Vários munícipios trazem a sua coletiva, seus grupos folclóricos."
EM RELAÇÃO AO TURISMO, A SENHORA ACHA QUE FALTA INCENTIVO DO GOVERNO?
“Olha, falta apoio. O pessoal de origem alemã é muito fechado, eles têm medo do diferente. Cada um fica no seu quadrado. Eu sou muito criticada por receber pessoas na minha casa. Muitas casas grandes aqui podiam servir de pousada, mas eles têm medo. Em 15 anos trabalhando com pousadas, nunca tive uma reclamação. Eu adoro receber as pessoas, fazer o café da manhã, ganhar um elogio".
TEXTO: Lara Berns
Dalva, propiretária de uma pousada domiciliar, conta como é receber os turistas de São Pedro de Alcântara em sua casa.
Entrevista
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