Suplementos Porto de Mós - Tradição e Modernidade | Page 25
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02
Diretório
03
01 A Sirplaste recicla 45 mil
toneladas de resíduos
por ano
04
02 A empresa, que
começou por trabalhar
com máquinas
adaptadas da
agricultura, nunca
deixou de investir em
tecnologia e know how
03 Ricardo Pereira,
administrador
05
04 O layout da nova
fábrica trouxe mais
eficiência à equipa de 48
colaboradores
05 A indústria
transformadora de
plástico é a principal
cliente da Sirplaste
30%
Fotos: Joaquim Dâmaso
70%
Exportação
01
africanos e para a China e a
Índia também já vende.
Lá fora, é pelo preço e
pela qualidade que compete.
A posição geográfica do país
de destino e as condições
portuárias são fatores externos que podem fazer encarecer o produto. No entanto,
com ou sem preço competitivo, a Sirplaste tem conseguido diferenciar-se pelo
serviço prestado. “Vamos
sempre assistir aos ensaios
de aplicação do produto”,
um aconselhamento técnico
que o empresário revela ser
da máxima importância e
um fator que o coloca “muito
à frente” em relação a outros
industriais do sector.
De resto, não é no escoamento do produto que a
Sirplaste sofre maior con-
corrência, é sobretudo na
compra dos resíduos. Aí,
sim, Ricardo Pereira assume
ter “uma concorrência desleal por parte dos mercados
asiáticos que compram os
resíduos de melhor qualidade a preços loucos” que a
sua empresa não consegue
acompanhar porque tem exigências sociais, ambientais e
energéticas.
Pioneiros na
reciclagem
A contaminação dos resíduos é uma das principais
diferenças que o empresário
encontra entre o que é hoje
a atividade da Sirplaste e o
que era no início. Eram materiais “limpíssimos, muito
homogéneos”, recorda. Hoje,
os resíduos que a Sirplaste
Mercado nacional
recebe, vindos sobretudo da
Sociedade Ponto Verde, da
indústria e do comércio,
estão muito mais contaminados. A tecnologia que permite fazer esta separação é
relativamente recente. Há
meia dúzia de anos, salienta
Ricardo Pereira, era impossível reciclar este plástico
que é retirado dos resíduos
domésticos e que se encontra bastante contaminado
com materiais orgânicos.
“Nós, Portugal, somos pioneiros no mundo na reciclagem desse plástico, temos
as melhores tecnologias
e as melhores fábricas de
reciclagem de plásticos do
mundo”, sublinha.
Face aos primórdios da
atividade da empresa, outra diferença significativa
que Ricardo Pereira destaca
é a forma como o próprio
sector é encarado. Ele, que
praticamente “nasceu” na
fábrica, recorda que este
“era quase um negócio de
contrabando”, em que os
clientes compravam matéria-prima reciclada às escondidas e pediam para se
descarregar à noite para
ninguém ver.
De um cenário em que
“o reciclado era mal visto”
evoluiu-se para o oposto em
que “quase todos os clientes
gastam matéria-prima reciclada” e fazem disso bandeira. Foi há 15 anos que
essa mudança se começou
a desenhar, mas para Ricardo Pereira “há margem
para crescer e fazer muito
mais na recolha seletiva”.
Designação
Sirplaste – Sociedade Industrial de Recuperados
de Plástico, SA
Fundação
1974
Localidade
Z.I. da Patinha
Administração
Artur Pereira e Ricardo
Pereira
Colaboradores
48
VN 2013
12 milhões de euros
Área
154 mil m2
C