Soluções Ambientais Sustentáveis Setembro de 2017, v.4 | Page 6
Soluções Ambientais Sustentáveis – Prática Profissional Integrada 2017
O plantio direto é uma técnica conservacionista em que o plantio é
efetuado sem aração e gradagem. Nessa técnica, é possível manter o solo
sempre coberto por resíduos vegetais, que tem por finalidade impedir o impacto
das gotas da chuva diretamente no solo e consequentemente o escorrimento
superficial. O sistema é considerado uma modalidade de cultivo mínimo visto que
o preparo do solo limita-se ao sulco de semeadura, procedendo-se à semeadura,
adubação e aplicação de herbicidas em uma única operação.
Para suprir as necessidades de uma produção sustentável, foram feitas
várias modificações em relação às semeadoras. Pois se precisava realizar o corte
da cobertura vegetal sem que houvesse revolvimento do solo, e a distribuição
ocorresse uniformemente, proporcionando assim menor número possível de
falhas no decorrer da área semeada.
Para conduzir o sistema de plantio direto de maneira eficiente, é
necessário que permaneça uma quantidade mínima de 4,0t/ha/ano de fitomassa
seca. Porém, como segurança é indicado que se utilize espécies que produzam
em média 6,0t/ha/ano ou mais de massa seca. Nesse ponto de vista a soja
contribui muito pouco, pois ela só oferece em média 2,5t/ha/ano, sendo uma
quantidade muito abaixo do desejado. Por outro lado, temos algumas gramíneas
como o milho, que deixa uma grande quantidade de restos culturais, que se bem
manejados proporcionam benefícios adicionais ao sistema.
No sistema de plantio direto é indispensável o esquema de rotação de
culturas que deve se dar especial atenção para a soja e o milho, que são culturas
bastante utilizadas no sistema de plantio direto e que apresentam várias
vantagens quando são plantadas em rotação, inclusive com aumentos nos
rendimentos de ambas as culturas.
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