Sofrimento | Page 4

O SENHOR JESUS CRISTO David McAllister A morte de Cristo foi uma morte violenta. Esse fato é bem conhecido, mesmo por pessoas que nunca abriram uma Bíblia. Do Getsêmani ao Gólgota, as Escrituras retratam a crueldade mostrada ao nosso bendito Senhor e Salvador. Podemos refletir sobre a violência física aplicada contra Ele nas horas que antecederam a cruz. Eles vieram para tomá- Lo no jardim, ameaçadoramente, "com espadas e porretes" (Mateus 26:47). No palácio do sumo sacerdote, eles O vendaram (Lucas 22:64), cuspiram em Seu rosto e O esbofetearam com as mãos (Mateus 26:67). Pilatos O açoitou (Mateus 27:26). Quando Ele foi condenado à crucificação, os soldados fizeram todo tipo de condutas degradantes contra Ele (Mateus 27:27-30). Ele carregou Sua cruz (João 19:17), e, finalmente, eles O crucificaram, com tudo o que aquilo implicava, tanto naquele momento como durante as horas seguintes. Podemos pensar, ainda, nas agressões verbais que Ele recebeu. Ele foi insultado na casa de Caifás (Mateus 26:68) e por Herodes e seus homens (Lucas 23:11). Ele foi cruelmente ridicularizado pelos soldados quando Pilatos O condenou (Mateus 27:29,31). Muito abuso verbal foi dirigido a Ele quando Ele estava na cruz – pelos soldados (Lucas 23:36-37), pelos que passavam (Mateus 27:39-40), pelos líderes religiosos (Mateus 27:41-43), e pelos ladrões crucificados com Ele (Mateus 27:44). Isso deve ter sido indescritivelmente cruel, ainda que aqueles que proferissem os xingamentos sentissem que a vítima merecia. Contudo, o registro das Escrituras é que eles fizeram aquilo sabendo que Ele não era culpado. Na primeira audiência na casa do sumo sacerdote, falsas testemunhas depuseram contra Ele (Mateus 26:59-61). Os judeus O acusaram falsamente diante de Pilatos (Lucas 23:2,5) e de Herodes (Lucas 23:10). Pilatos O sentenciou à morte, mesmo após opinar pela sua inocência várias vezes (Lucas 23:4, 14-15, 22). E foi em uma enorme farsa da justiça, que Alguém foi acusado de crimes dos quais era inocente – e o fato de que Ele não era apenas inocente, mas totalmente sem pecado, torna o crime deles o maior de todos. Pedro expressa essas coisas sucintamente ao escrever sobre Seus sofrimentos nas mãos dos homens: “O qual não cometeu pecado” (1 Pedro 2:22). Ele também não estava sem meios de evitar esses maus-tratos. Na Sua prisão, enquanto se submetia voluntariamente a ser levado, Suas palavras àqueles que O prendiam: “Eu Sou”, fizeram com que eles retrocedessem e caíssem no chão (João 18:6), mostrando muito claramente em Quem estava o verdadeiro poder. Quando Pedro tentou defendê-Lo com a espada, o Senhor disse-lhe que, naquele mesmo momento, poderia orar ao Pai, que Lhe daria “mais de doze legiões de anjos” (Mateus 26:51-53). Quando Pilatos se vangloriava de seu poder de crucificá-Lo ou libertá-Lo, o Senhor respondeu calmamente: “Nenhum poder terias contra mim, se de cima te não 4