Social Meeting Scientific Journal eSocial Brasil | Page 127
ISBN 978-65-991619-0-2
depressão, ansiedade, medo, transtorno
de estresse pós-traumático, doenças
somáticas, insônia, uso abusivo de álcool
ou outras drogas, sentimento de culpa
ou autodepreciação, ideação suicida,
dificuldades em relacionados e
comportamentos agressivos. Tais
sintomas podem, além disso, ser
estendidos aos familiares, em especial
aos filhos das mulheres vitimadas,
devido à dificuldade em oferecer
cuidado decorrente da necessidade
primeira de cuidado de si, e da
feminilidade/maternidade afetadas
(MINARÉ, 2017, p. 11).
Quando se trata da atenção disposta em atendimentos,
Barros (2015) destaca que embora estejam sendo
desenvolvidas diversas políticas, de acolhimento na área da
saúde com o passar dos anos para o melhor atendimento
no geral, ainda existe carência nos estudos do mesmo
acolhimento de forma humanizada e específica para casos
de estupro. Em seu estudo, feito através de entrevistas, as
mulheres participantes puderam se expressar e relatar como
se sentem diante do atendimento recebido. “Neste sentido,
o diálogo com os achados foi realizado a partir da
percepção de acolhimento enquanto dar acolhida, admitir,
aceitar, dar ouvidos, dar crédito a agasalhar, receber,
atender”. (BARROS, 2015, p. 195).
A importância do acolhimento correto é revelada pelas
vítimas, quando questionadas sobre o atendimento
recebido. Conforme Batista (2016) aborda, um atendimento
qualificado necessita de uma rede de atendimento, que
possa fazer intervenção e prevenção do abuso sexual, o que
Social Meeting Scientific Journal, São Paulo, Brasil, v. I, n. 1, ano 1 junho de 2020 (edição especial de lançamento)
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