O início das discussões no Conselho Europeu sobre a crise de imigração foi movimentado por uma declaração polêmica da delegação polonesa. Para a representante da nação, países mais desenvolvidos devem receber maior contingente de refugiados.
A Polônia também afirmou que os imigrantes, que têm como destino final a Alemanha, não devem ser mantidos em seu território apenas porque o país é obrigado acolhê-los. Devido ao posicionamento rígido, a delegação recebeu duras críticas.
A delegação italiana, por sua vez, reclamou da permanência dos refugiados nos países de fronteira. Segundo a representante, a falta de realocação sobrecarrega a nação. A Grécia, que também encara desafios diante da mesma situação, salientou que a crise dos refugiados é um problema que deve ser enfrentado por todos os países membros do Conselho Europeu.
Para controlar o contingente de refugiados, a França propôs as demais delegações que adotassem um sistema de triagem, que recebe informações importantes de cada indivíduo. A nova política, já aplicada no país, tem demonstrado resultados satisfatórios.
A importância da realocação também foi ressaltada pela delegação de Malta. “Os países que recebem os refugiados devem ter a infraestrutura necessária para acolhê-los”, apontou o país, que aproveitou para trazer para a discussão a relevância da reforma do sistema de Dublin, lei da União Europeia para agilizar o processo de candidatura para os refugiados que procuram asilo político ao abrigo da Convenção de Genebra.
Embora longos, os debates não produziram muitas resoluções. O reconhecimento de que a crise dos refugiados deve ser enfrentada por todos os países e a exigência de uma ação coletiva urgente dentro da União Europeia, para fomentar uma política de acolhimento e realocação, são um dos poucos pontos em que o CE conseguiu chegar a um comum acordo.
“Países desenvolvidos devem receber maior contingente de refugiados”, afirma delegação da Polônia
Crise de imigração é tema de discussão no Conselho Europeu
Por Clarissa Domingos
França propôs as demais delegações que adotassem um sistema de triagem, que recebe informações importantes de cada indivíduo. A nova política, já aplicada no país, tem demonstrado resultados satisfatórios.
A importância da realocação também foi ressaltada pela delegação de Malta. “Os países que recebem os refugiados devem ter a infraestrutura necessária para acolhê-los”, apontou o país, que aproveitou para trazer para a discussão a relevância da reforma do sistema de Dublin, lei da União Europeia para agilizar o processo de candidatura para os refugiados que procuram asilo político ao abrigo da Convenção de Genebra.
O reconhecimento de que a crise dos refugiados deve ser enfrentada em conjunto e a exigência de uma ação coletiva dentro da União Europeia, para fomentar uma política de acolhimento e realocação, são um dos poucos pontos em que o CE conseguiu chegar a um comum acordo.