Tato
O tato do ser humano é o mais desenvolvido dos seres vivos. Consoante Schamberg (1992, p 105) “é 10 vezes mais forte do que o contato verbal ou emocional e afeta quase tudo o que fazemos. Nenhum outro sentido desperta as pessoas como o tato”. Isso é devido a sensação da interioridade do objeto que o tato nos dá ao tocarmos, o sentir de rugosidade, liso, ou áspero. O tato é uma forma de sentirmos vivos.
Na residência o tato é uma das formas essencial pra sentirmos o calor, textura, umidade, se algo é áspero etc. A parte verde e uma casa é o ambiente mais propício para conter todas essas sensações, uma vez que as vegetações trazem formas, texturas, e varias outras propriedades como já citadas anteriormente, também há a variação entre o piso do passeio e a grama da área verde promovendo uma diferenciação, trabalhando o tato.
Audição
A audição é o órgão de comunicação, juntamente com a oralidade. Estamos sempre ouvindo o som do ambiente no qual estamos. Qualquer som estranho nos da insegurança. Conforme Yaari (1991) o som nos leva ao interior de algo físico, revelando o a interioridade do material. A audição é a forma no qual adentramos essa interioridade no meio natural sentido paz, aconchego e sendo livre. Esse é o meio que essa audição trará na residência unifamiliar atendendo também o conceito de liberdade. Como é maravilhoso em uma casa em dias de chuva sentir o som dos galhos ou vegetação se movimentando, ou acordar com o canto dos pássaros nessa vegetação. Essa proposta que essa residência trará.
Logo, entende-se que o entendimento dos sentidos em uma residência é algo de diferencial em um projeto, de modo que terá uma maior intensidade no entendimento do seu funcionamento com relação aos moradores daquela residência. Deve-se considerar esse estudo como algo integrador com relação a pessoas com deficiências em um dos sentidos, de modo que o entendimento do outro atenda as necessidades do usuário.
Referências
RIO/ OLIVEIRA, Vicente del/ Lívia. Percepção Ambiental: A Experiência Brasileira. 2. Ed. São Paulo: Nobel, 1999.
OKAMOTO, jun. Percepção ambiental e comportamento: visão holística na arquitetura e na comunicação. 2. Ed. São Paulo: Mackpesquisa, 2002.
PALLASMAA, Juhani. Os olhos da pele. A arquitetura e os sentidos. 1a edição, Porto Alegre, Bookman, 2011.