SENAI Informa | Page 3

As nove costureiras da Lear formadas pelo SENAI viajaram ao México para treinamento. Costureiras multiplicadoras de conhecimento Foram 8 mil quilômetros de viagem, 30 dias de qualificação Em Paulista, as costureiras alcançaram um ritmo de produção e experiências incontáveis na bagagem. O saldo foi mais de cinco a sete kits por hora. Cada kit com capas para assentos que positivo para as nove costureiras da Lear formadas pelo e encostos dianteiros e traseiros soma sete peças por veículo. SENAI nos municípios de Goiana e Igarassu. Elas voltaram Na fábrica, a capacidade de produção crescerá para 33 kits por da cidade de La Cuesta, no México, em setembro. Lá, parti- hora e o número de máquinas passará de nove para 13. ciparam de um treinamento intensivo na planta da empresa de confecção de capas para automóveis, sistemista da Fiat. Enquanto são treinadas, as costureiras produzem as peças que compõem as primeiras Verificações de Processo (VP) da Na Escola Técnica SENAI Paulista, local onde esteve insta- montadora italiana em Goiana. As VP são veículos de teste de lada a célula de produção industrial da Lear, as costureiras produção em que se conferem possíveis falhas e desvios de transformaram-se em multiplicadoras do conhecimento ad- padrão na montagem, ou seja, protótipos. O primeiro carro da quirido em solo mexicano. No dia 16 de outubro, a célula foi Fiat em Goiana, por exemplo – uma pré-série do Jeep Renega- deslocada para a fábrica da empresa, no Polo Automotivo de -, teve bancos produzidos por costureiras como Josemélia de Goiana. Até abril do próximo ano, quando as máquinas Lemos, Maria Katiana Souza e Maria das Graças dos Santos. de costura estiverem em pleno funcionamento, 51 profissionais da costura serão treinadas pelas nove replicadoras. “Foi muito gratificante o tempo que passamos na fábrica da Lear no México. Só ganharíamos três certificações. Eu consegui seis. Outra colega conseguiu dez”, contou Josemélia. A costureira do distrito de São Lourenço, em Goiana, também disse que aumentou a velocidade na produção: “pegamos o ritmo da fábrica”. Maria Katiana, que agora treina as novas costureiras, afirmou que vive um sonho: “Fomos para o México para aprender. Trouxemos o conhecimento e agora podemos repassá-lo”. Mais uma que fez o curso do SENAI e foi contratada pela Lear é Maria das Graças. Desde agosto em treinamento, a moradora de São Lourenço nunca havia manuseado uma máquina de costura na vida. “Quando entrei aqui pela primeira vez fiquei muito perdida. Parecia tudo tão difícil. Maria das Graças usou uma máquina de costura pela primeira vez. Mas, hoje em dia estou mais acostumada”, revelou. SENAI INFORMA | Novembro · 2014 ||| 03