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- Reportagem

Nome da entrevistada:

Emília Rodrigues

Profissão: Enfermeira

Qual o tipo de violência mais frequente em mulheres que procuravam ajuda?

Como enfermeira que trabalha na área de saúde mental, encontro muitos casos de vulnerabilidade e violência com a mulher. Desde há um ciúme por parte do companheiro que causa uma cascata de complicações psicológicas, até mesmo a própria agressão física.

Qual a faixa etária dessas mulheres?

O caps II (CENTRO DE ATENÇÃO PSICOSSOCIAL, tipo II - Jacobina) só atende maiores de 18. Então essas mulheres variam dos 18 aos 50.

Quem é o agressor mais comum?

Ex: marido, pais, tios, etc. O agressor mais comum geralmente são os maridos, companheiros que muitas vezes nem casados são mais convivem há um certo tempo.

Qual a principal consequência da violência sofrida por essas mulheres?

a principal consequência... Os danos mentais, psicológicos. Serão mulheres que terão que lutar e muito para recuperarem sua autoestima, confiança em si mesmas... Tentar não viver com a sombra de tudo que sofreram... É isso não se apaga como uma borracha. Não sara como uma ferida. É um passo de cada vez, uma superação a cada dia... É um crescer novamente de dentro para fora.

As vítimas costumam denunciar o agressor?

Quase nunca denunciam. Mas nós profissionais sempre orientamos e incentivamos que procurem dar esse passo.

Quem elas recorrem com mais frequência para pedir ajuda?

Recorrem pouco, geralmente são as pessoas próximas que identificam, familiares, vizinhos. E quando procuram ajuda já é num estágio muito grave. Unidades de assistência, unidades de saúde são locais de referência.

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