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UM RAMO DAS FLORES DOENTIAS Por Wagner Schadeck I. No monumental História da literatura ocidental (Vol. VI), Otto Maria Carpeaux, via três vertentes da poesia moderna a partir do simbolismo francês: a evasionista e técnica, com Mallarmé; a intimista e confessional, com Verlaine; e a rebelde e visionária, com Rimbaud. Parece haver, no entanto, uma quarta vertente que aparece em diversos momentos da história da poesia, como em Jó ou na pústula de Filoctetes, ou ainda no pré-romantismo, com Grey e Young, na Inglaterra, assim como com Cadalso, na Espanha – a chamada escola sepulcral (“graveyard school”), passando por Edgar Allan Poe e Baudelaire, e chega ao Expressionismo alemão. Essa vertente poderia ser chamada de poesia de terror, fantástica, macabra, bizarra, hedionda... Gatos, sapos, fantasmagorias, defuntos, o Diabo, mulheres corujas, necrotérios, mortas, caixões, espectros, os mistérios, o oculto, todos são elementos desse tipo de poesia, que a partir de As Neuroses, de Maurice Rollinat, adquire um forte aspecto psicológico, avançando pela modernidade, como reação ao secularismo, em poetas sui generis como Rilke, Benn, Trakl, Yeats, Sá- Carneiro, Fernando Pessoa, Assunción Silva, Augusto dos Anjos, entre outros.