Apresentamos hoje a Scripsi 4. O projeto luso-brasileiro mantém-se vivo, numa época em
que quase todas as produções culturais de alguma qualidade morrem ou estiolam-se em
confrontações estéreis de egos, falta de estímulo e ausência de interesse por parte do público.
Mantém-se vivo, fixa/fideliza públicos e, acima de tudo, motiva outros a produzir. Brevemente,
alargaremos a Scripsi Revista para a Scripsi Cultural, num formato mais aberto, amplo, em site
facilmente acessível e com uma gama de produtores mais alargada permitindo a diversificação
temática.
Este número é dedicado ao Sr. José Pacheco, pai de Cleber Pacheco que faleceu
recentemente. Cleber Pacheco segue sendo um exemplo e um farol para todos nós: em meio a
todas as crises pessoais e sociais segue com uma produção cultural invejável, reflexão lúcida e
segue sendo um grande amigo.
Neste número, Mauricio Gomes continua espalhando o perfume dos seus poemas e temos a
entrada fulgurante de Mariana Basílio, um astro que irradia poesia e que vem acrescentar uma
Super Nova ao universo da poesia em geral e da Scripsi em particular. Eu deixo um humilde
tributo ao gigante Artaud ao qual, um dia, a humanidade fará justiça e um pequeno Ensaio sobre o
sempre eterno tema do Édipo. Wagner Schadeck não dá tréguas ao facilitismo literária e segue
presente com um estudo e tradução colossal.