De colete à bandeira
(Relato, Gabriela)
Eu estava tranquila dentro de uma sacola como colete, até que uma vez alguém me
pegou e me amarrou num bastão. Pronto! Virei uma bandeira! Pelo menos foi assim que
comecei a ser chamada e disputada!
Descobri que estavam me usando para uma brincadeira com crianças mais do que
agitadas. Elas gritavam, me puxavam e me levavam de um lado para outro!
A brincadeira já vai começar novamente! Há dois times e estou torcendo para o
time de colete. Claro! Era o time dos meus antigos amigos e todos já me conhecem,
sendo assim espero ser tratada com mais cuidado e carinho!
Observei também que os bambolês fazem o jogo acalmar um pouco, acho que
funciona como um local de descanso. Boa tática para correr naquele ginásio enorme!
Opa! Vem vindo gente! Será que isso é bom?
Finalmente, alguém me pegou e está saindo correndo pelo campo. Torço para ele
chegar do outro lado da quadra porque sempre vem um ventinho gostoso em mim,
parece que estou voando quando ele me balança no ar!
Antes dele chegar do outro lado da quadra, foi pego pelo time adversário. Não
adiantou a corrida e fui devolvida! Aquelas crianças estavam querendo vencer de qualquer
jeito e impediriam a minha conquista a qualquer preço. Fui jogada no chão sem dó! Essa
vida de bandeira não é fácil, preferia nesse momento grudar no suor dos alunos!
O jogo começou faz meia hora e ainda não teve vencedor, só falta alguém me
pegar para o time de colete ganhar! Três pessoas estão vindo na minha direção. A
primeira pessoa me pegou e está correndo feito uma louca, estava quase chegando do
outro lado da quadra. Já comecei a me animar, mas para estragar a minha felicidade, fui
pega e jogada de volta na posição inicial.
Mas a equipe não desistiu! Entre duas pessoas que estavam no ataque uma me
pegou e fui levada para a quadra do adversário. Finalmente, teve um vencedor! O time de
colete, o meu time!
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