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It has roots in a piece of classical Latin literature from 45 BC, making it over 2000 years old. Richard McClintock, a Latin professor at Hampden-Sydney College in Virginia, looked up one of the more obscure Latin words, consectetur, from a Lorem Ipsum passage, and going through the cites of the word in classical literature, discovered the undoubtable source.
Lorem Ipsum comes from sections 1.10.32 and 1.10.33 of "de Finibus Bonorum et Malorum" (The Extremes of Good and Evil) by Cicero, written in 45 BC. This book is a treatise on the theory of ethics, very popular during the Renaissance. It is a long established fact that a reader will be distracted by the readable content of a page when looking at its layout.
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O jornalista José Eduardo e suas considerações sobre vários temas.
ECAD e os direitos autorais
José Eduardo - Essa é uma questão complexa e simples ao mesmo tempo, afinal de contas os compositores precisam ter reconhecidas suas obras e tem o direito de receber pela excussão das mesmas, porém paira muitas dúvidas se o ECAD destina de fato o que é devido aos artistas. Em São Paulo as Rádios Comunitárias em reunião com ECAD não se negaram a pagar, mas não a exorbitante taxa que querem cobrar, há uma série que questões técnicas que devem ser avaliadas para se chegar uma taxa justa.
Por outro lado sabemos muito bem do lobby das emissoras comerciais para impedir a existência das Rádios Comunitárias, em 1998, na guerra travada em Brasília, entre os Movimentos de Rádios Comunitárias, de um lado e a Abert, associação que congrega as rádios comerciais do outro, foi uma queda de braços e tanto, até que tiveram que ceder e permitir a aprovação da lei de radiodifusão comunitária, mas é claro que dificultaram ao máximo. E como fizeram isso? Burocratizando ao máximo os trâmites para se conseguir outorga, outra forma foi inviabilizar o sustento das rádios com a proibição de se fazer propaganda, posteriormente o ECAD chegou para extorquir ainda mais as Rádios Comunitárias e agora com as bênçãos do STF, mostrando que a Justiça nesse país só atende aos interesses das elites dominantes que a todo custo querem impedir que as rádios comunitárias cumpram seu papel, papel aliás que as rádios comerciais deveriam cumprir e não cumprem que é a prestação de serviços à população.
O constante aumento da inclusão para o acesso na internet tem ajudado o artista independente a divulgar seu trabalho? Como poderia melhorar o processo?
José Eduardo - A internet é o grande achado não só para artistas, mas para tudo que não tem espaço na comunicação comercial.
Essa forma de comunicação é relativamente nova, já avançou muito em termos de tecnologia e também de barateamento de custos, creio que a tendência é baixar mais ainda, mas isso tem um risco muito grande que é a questão da qualidade, uma vez que há a facilidade em publicar tudo na “Rede”, as pessoas montam no canto do quarto ou da sala um mini estúdio e mandam bala. Com isso a gente tem de filtrar muito, pois, o que aparece de porcaria em todas áreas é um absurdo. No entanto, se o espaço é democrático é assim mesmo que tem de ser, cabe a quem ouve selecionar e mais ainda quem atua em rádio seja comunitária ou web, para saber o que repercutir para seus ouvintes.
Para o Sistema Nacional de Cultura são considerados 17 colegiados, sendo que nenhum especifico para o SAMBA. Não seria a hora de termos esta representatividade nos Conselhos Municipais, Estaduais e Nacionais de Cultura?
José Eduardo - Não dá pra esperar nada de um Estado branco e elitista, quem é da luta sabe do que estou falando. Não se pode esperar que os que decidem sejam democráticos e coloquem um colegiado para o Samba e mesmo para outras vertentes culturais e por aí vai. Não vamos esquecer que os caras são da Casa Grande.
Buscar acento nos Conselhos(de Cultura) é fundamental, mas para isso é preciso que os sambistas se unam mais e coloquem de lado as divergências, os anseios e vaidades pessoais e pensem de fato no Samba, na sua importância histórica e mais ainda no seu papel na sociedade. Aí sim vamos ocupar os espaços que são nossos por direito.
Qual o seu olhar para as Comunidades de Samba que vem acontecendo no Estado de São Paulo há pelo menos 20 anos?
José Eduardo - As Comunidades de Samba no Estado de São Paulo vem fortalecer a luta para não deixar o samba morrer, como pediram os baianos Edson Conceição e Aloísio Silva, daí que é o espaço por excelência para compositores e interpretes que semanalmente se reúnem para expor suas obras, trocarem ideias e fazer o que sabem melhor que é a gostosa batucada.
Revista Samba Acadêmico Março 2017 19