Boi Voador
Cidade de Maurícia
Esse acontecimento é denominado de episódio do Boi Voador, e que, a partir daí, teria evoluído para uma lenda com uma história mais elaborada tal como é hoje, do Boi-Bumbá ou suas diversas nomenclaturas adotadas de acordo com cada região abordada.
Por volta de 1643, sob o domínio holandês – administrada por João Mauricio da Nassau, na cidade de Maurícia atual Recife encontravam-se em construção duas pontes, porém as obras estavam bastante atrasadas e recebiam críticas inclusive de Amsterdã “como não recebemos há muito tempo notícias da ponte faz-nos isto pensar que a mesma nunca será terminada.” O povo também fazia suas críticas à voz pequena, diziam que era mais fácil um boi voar do que a ponte ser terminada. A ponte foi concluída em 1644 conforme relatos. Pensando em recuperar o dinheiro investido, uma vez que havia pedágio para atravessar a ponte, Nassau anuncia que um boi manso iria voar no dia da inauguração, com o objetivo de aumentar o fluxo de pessoas no local e um possível aumento de arrecadação. Matou-se, então, um boi e sua pele foi preenchida com erva seca, e depois colocada no
alto de uma galeria.
Pegou-se um boi manso vivo e o fez subir no alto da mesma galeria para ser visto pelos presentes, em seguida este boi foi levado a outro aposento e trancado para que ninguém mais o visse, tiraram o couro de boi cheio de palha preparado anteriormente e o fizeram voar por umas cordas com um engenho. Uma tremenda multidão passou de uma parte para outra da ponte o que rendeu boa quantia oriunda do pedágio cobrado. ”Mas logo todos compreenderam o truque: era um boi empalhado suspenso por cordas e movido por um sistema de roldanas operado por marinheiros holandeses. A festa acabou em gargalhadas e foi um grande sucesso rendendo, só naquele dia, 1.800 florins de pedágio, conforme conta frei Manoel Calado.” fonte http://www.ensinarhistoriajoelza.com.br/o-boi-voador-do-recife-existiu/ - Blog: Ensinar História - Joelza Ester Domingues”
8 Revista Samba Acadêmico Novembro 2016