RUMOS PARA UM PAIS SEM RUMO livro_Rumos-para-um-pais-sem-rumo | Page 26

Por crise fiscal entende-se o desequilíbrio nas contas públicas, não porque as receitas sejam pequenas (afinal, de cada R$ 100,00 de riqueza = PIB gerada, o governo abocanha mais de um terço), mas porque a gastança (originada devido aos vilões já mencionados) é descontrolada e também porque 90% da receita é “imexível” (está totalmente comprometida). Portanto, o caminho para o equilíbrio nas contas públicas passa exclusivamente pela redução dos gastos e não mais pelo aumento de impostos e contribuições. O “GORDO” PRECISA EMAGRECER __ 26 Foi aprovado recentemente uma Proposta de Emenda Constitucional (PEC), a chamada PEC do teto de gastos públicos, limitando os aumentos à inflação do ano anterior, o que significa dizer que, em termos reais (isto é, descontada a inflação), os gastos, daqui para frente, deverão se manter. Acontece que esta PEC, muito festejada, foi importante, mas não é suficiente para diminuir o elevado tamanho do setor público que já consome 37% do PIB (em tributos, quando se inclui o déficit primário), quando, na verdade, deveria ser em torno de 25% do PIB. É bom lembrar que quando incluímos os gastos com juros sobre a enorme dívida, podemos então dizer que o nosso governo nos custa quase 45% do nosso PIB, simplesmente um absurdo e algo inaceitável porque condena os brasileiros a serem cidadãos de terceira linha. Em outras palavras: O “GORDO” PRECISA EMAGRECER: fazendo uma analogia entre o tamanho do governo brasileiro com alguém que aumentou muito de peso e o médico só pede que ele não engorde mais, é o que esta PEC está sugerindo. Só parar de engordar é muito pouco, pois mais do que isso, o paciente (leia-se o governo) precisa emagrecer (isto é diminuir de tamanho, pois está inchado demais). O Estado brasileiro está grande demais para o nosso PIB, e portanto, assim como o paciente gordo, precisa diminuir de tamanho (ou de peso). A figura a seguir mostra o Estado inchado (leia-se: gordo demais), sendo carregado pelo frágil e oprimido consumidor ou empresário. É isso que tem que mudar. a ter um país que volte a crescer a taxas próximas de 7% ao ano e melhore a distribuição da riqueza e da renda nacional. 27