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Por crise fiscal entende-se o desequilíbrio nas contas públicas,
não porque as receitas sejam pequenas (afinal, de cada R$
100,00 de riqueza = PIB gerada, o governo abocanha mais
de um terço), mas porque a gastança (originada devido aos
vilões já mencionados) é descontrolada e também porque
90% da receita é “imexível” (está totalmente comprometida).
Portanto, o caminho para o equilíbrio nas contas públicas
passa exclusivamente pela redução dos gastos e não mais
pelo aumento de impostos e contribuições.
O “GORDO” PRECISA EMAGRECER
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Foi aprovado recentemente uma Proposta de Emenda
Constitucional (PEC), a chamada PEC do teto de gastos
públicos, limitando os aumentos à inflação do ano anterior, o
que significa dizer que, em termos reais (isto é, descontada
a inflação), os gastos, daqui para frente, deverão se manter.
Acontece que esta PEC, muito festejada, foi importante, mas
não é suficiente para diminuir o elevado tamanho do setor
público que já consome 37% do PIB (em tributos, quando se
inclui o déficit primário), quando, na verdade, deveria ser em
torno de 25% do PIB. É bom lembrar que quando incluímos
os gastos com juros sobre a enorme dívida, podemos então
dizer que o nosso governo nos custa quase 45% do nosso
PIB, simplesmente um absurdo e algo inaceitável porque
condena os brasileiros a serem cidadãos de terceira linha. Em
outras palavras:
O “GORDO” PRECISA EMAGRECER: fazendo
uma analogia entre o tamanho do governo brasileiro
com alguém que aumentou muito de peso e o médico
só pede que ele não engorde mais, é o que esta PEC
está sugerindo. Só parar de engordar é muito pouco, pois
mais do que isso, o paciente (leia-se o governo) precisa
emagrecer (isto é diminuir de tamanho, pois está inchado
demais). O Estado brasileiro está grande demais para
o nosso PIB, e portanto, assim como o paciente gordo,
precisa diminuir de tamanho (ou de peso).
A figura a seguir mostra o Estado inchado (leia-se: gordo
demais), sendo carregado pelo frágil e oprimido consumidor ou
empresário. É isso que tem que mudar.
a ter um país que volte a crescer a taxas próximas de 7% ao ano
e melhore a distribuição da riqueza e da renda nacional.
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