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Cabe destacar que, além dos grandes investimentos do governo, o setor privado (até porque pagava bem menos impostos) investia muito: algo como quase 20% do PIB, totalizando, assim, com os investimentos públicos, aproximadamente 25% do PIB brasileiro, ou seja, de cada R$ 4,00 gerados de riqueza no país, R$ 1,00 era destinado a aumentar a capacidade produtiva do país, seja em infraestrutura física pública ou em aperfeiçoamento de máquinas e equipamentos de empresas. Foi esta combinação de investimentos proporcionalmente altos (públicos e privados) que fez com que o Brasil crescesse a taxas invejáveis, de modo que ficou em primeiro lugar no mundo inteiro. É por isso que nos anos 70 o desemprego era praticamente zero, isto é, quem queria trabalhar encontrava facilmente oportunidades. Cabe aqui uma frase inquestionável: 10 Só investimentos produtivos (seja em infraestrutura física pública ou em novas máquinas e equipamentos) garantem crescimento econômico sustentado, e sem inflação. Em outras palavras, se a demanda por bens e serviços aumenta, as empresas, por outro lado, têm capacidade de rapidamente responder, produzindo mais. Mais impostos e menos investimentos: a mudança negativa __ Mas, a partir do início dos anos 80, começaram as mudanças e para piorar tudo. E você sabe quais foram as mudanças? Duas: 1. Aumento gradual dos tributos (= impostos), cujo percentual subiu de menos de 24% do PIB para os atuais patamares de em torno de 35% do PIB, ou seja, 11% do PIB a mais, que corresponde, aos valores atuais do PIB, ao redor de R$ 6,7 trilhões, algo como mais de R$ 730 bilhões por ano, que os nossos governos atuais tiram dos brasileiros e das empresas. O que isto significa? Pode-se dizer que a cada dia, o governo atual está cobrando a mais da sociedade brasileira, em torno de R$ 2 bilhões, ou seja, mais de R$ 80 milhões por hora (incluindo dia e noite), ou seja, mesmo dormindo estamos pagando milhões para sustentar um governo descontrolado nas gastanças exageradas (que na maioria das vezes beneficia apenas um pequeno grupo de privilegiados). Imagine o impacto positivo que haveria na economia brasileira se as pessoas e as empresas tivessem, juntas, R$ 2 bilhões a mais por dia para gastarem e investirem. Certamente o Brasil estaria crescendo muito mais, e não a estas taxas vergonhosas (considerando o enorme potencial que este país tem) que temos desde 1980. Basta dizer que desde 1980 (estamos falando de 37 anos), em apenas 02 anos, crescemos no patamar de 7%. A taxa média destes 37 anos foi de apenas 2,5% ao ano, o que é anos 60 e 70 foi que, de cada R$ 100,00 arrecadados naquela época pelos governos, estes investiam mais de R$ 25,00, principalmente em infraestrutura física (estradas, portos, energia elétrica, habitação). Em outras palavras, os governos eram responsáveis por algo como 5% do PIB somente em investimentos públicos. 11