RPL - Revista Portuguesa sobre o Luto 3 | Página 4

Ao aproximarem-se as datas comemorativas como o Aniversário, o Natal, o Ano Novo, o Dia da Mãe ou do Pai, entre tantas outras importantes, o enlutado tende a sentir-se mais triste, evidenciando-se assim, o vazio sentido e deixado pela pessoa amada.

No primeiro ano após a perda, estas datas são extremamente significativas: como comemorar uma data importante sem a pessoa falecida? Esta questão é normal e natural; as pessoas questionam-se e pensam como irão conseguir comemorar uma data no meio de tanto sofrimento. Esta questão é, na verdade, muito difícil.

Existem pessoas que optam por não comemorar a data especial, ignorando-a mas esta atitude, a meu ver, será mais uma perda pois uma data que reunia a família e passa a não existir gera mais dor e sofrimento. Comemorar não significa ignorar a ausência de um ente querido. Não se trata de festejar como se nada tivesse acontecido nem de negar a dor, mas sim de entender que a vida pode ser comemorada com as pessoas que ainda permanecem presentes. Nestes momentos, a união é sempre a melhor opção: estar próximo das pessoas amadas gera um sentimento de acolhimento, carinho, amor e compreensão, que ajudam o enlutado na elaboração do luto.

A pessoa falecida pode e deve ser lembrada nestas datas comemorativas, de forma carinhosa. É importante guardar as doces e suaves memórias, entender o verdadeiro significado da data em questão e vivencia-lo. É natural o enlutado sentir-es

Conviver com a realidade da perda

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