EM ESTÚDIO
Verocai e Criolo
repassam uma
canção
TAMBÉM EM
ESTÚDIO
EDK
. STING
O Retorno do Ícone
Depois de 45 anos, Arthur
Verocai volta a fazer disco
eclético com a ajuda de Mano
Brown, Criolo e outros convi-
dados
EDPK
E
“NOVA”
“NOVA” E E VELHA
VELHA
GUARDA
GUARDA
Verocai
Verocai (aco
(aco centro)
centro)
em
em estúdio
estúdio com
com Mano
Mano
Brown
Brown (a
(a dir)
dir) e e Daniel
Daniel
Bozzio
Bozzio (a
(a esq)
esq)
m 1972, Arthur Verocai lan-
de um novo álbum, a ser lançado este
çou as dez faixas que escreve-
ano pelo Selo Sesc. Apesar de ser o
riam seu nome na história da
quarto da carreira, foi somente agora
música brasileira. Autointitulado, o
que conseguiu seguir os moldes de
disco de estréia saiu desacreditado
Arthur Verocai. Encore (2008) “foi
pelo seu selo Continental e passou
mais produzido pela gravadora”, diz.
praticamente despercebido à época.
Fiz o que queriam. Com esse agora,
“Falam que era muito avançado para
não. Fiz como tinha sido no primeiro.
aquele tempo”, comenta, de forma
Em 1972, Arthur Verocai lançou as
humilde, o arranjador e maestro. “Eu
dez faixas que escreveriam seu nome
vou dizer o quê? Que o disco é ma-
na história da música brasileira. Au-
ravilhoso? Entre os meus
tointitulado, o disco de
pares, muita gente gostou,
mas, no mercado fono- “Meu estilo é não ter estréia saiu desacreditado
gráfi co, acharam que era estilo. Um dia faço um pelo seu selo Continental
troço, outro dia faço
uma maluquice. Eu acho, outro - e minha cabeça é e passou praticamente des-
percebido à época. “Falam
na verdade, que o grande
essa”, diz Verocai
que era muito avançado
problema dos discos é que
para aquele tempo”, co-
eles eram apenas amalu-
menta, de forma humilde, o arranja-
cados. Acho que o meu tinha uma
dor e maestro. “Eu vou dizer o quê?
consistência musical muito forte.”
Que o disco é maravilhoso? Entre os
O passar das décadas jogou a fa-
meus pares, muita gente gostou, mas,
vor de Verocani. O disco de 1972
no mercado fonográfi co, acharam
foi relançado em 2003 (como um
que era uma maluquice. Eu acho, na
“clássico perdido”) e o nome dele
verdade, que o grande problema dos
hoje é respeitado mundialmente. A
discos é que eles eram apenas ama-
“redescoberta” do carioca aconteceu
lucados. Acho que o meu tinha uma
principalmente pelo hip-hop - só nos
consistência musical muito forte.”
Estados Unidos, ele diz ter sido sam-
pleado mais de 20 vezes, por nomes
LUCAS BRÊDA
como Ludacris, MF Doom e Ghos-
tface Killah -, e inspirou a idealização
O ex-vocalista do Th e Police está
fazendo hora extra para terminar
57th & 9th (nome do cruzamento
que ele atravessa para chegar ao
estúdio), disco previsto para no-
vembro no qual volta para aquele
rock movido por guitarras que
não faz há décadas. “Não é um
álbum de alaúde”, diz sorrindo,
uma referência a Songs from the
Labyrinth (2006). É o trabalho
mais rock que fi z nos últimos
anos.” Todo dia, Sting chegava ao
estúdio sem qualquer material e
compunha na hora. O ex-voca-
lista do Th e Police está fazendo
hora extra para terminar 57th &
9th (nome do cruzamento que ele
atravessa para chegar ao estúdio),
disco previsto para novembro
no qual volta para aquele rock
movido por guitarras que não faz
há décadas. “Não é um álbum de
alaúde”, diz sorrindo, uma refe-
rência a Songs from the Labyrinth
(2006). É o trabalho mais rock
que fi z nos últimos anos.” Todo
dia, Sting chegava ao estúdio sem
qualquer material e compunha
na hora. O ex-vocalista do Th e
Police está fazendo hora extra
para terminar 57th & 9th (nome
do cruzamento que ele atravessa
para chegar ao estúdio), disco
previsto para novembro no qual
volta para aquele rock movido por
guitarras que não faz há décadas.
“Não é um álbum de alaúde”, diz
sorrindo, uma referência a Songs
from the Labyrinth (2006).
Patrick Doyle
ROLLING STONE BRASIL |
3