A trilha de cerca de meia hora culmina na Cueva del Milodón, caverna que teria servido de refúgio aos primeiros homens que habitaram a região. Dizem que a espécie de preguiça-gigante (e extinta) milodón também dava as caras ali há 12 mil anos, o que é lembrado por uma réplica do bicho em tamanho real.
VISTAS ESPETACULARES
Depois de ziguezaguear por entre uma série de morros, uma das vistas mais belas do parque se descortin repentinamente. É Lago Pehoé, envolvido por braços de terra que parecem delimitar a coloração da água, ora turquesa, ora acizentada. Para que todo mundo possa ver essas nuances de perto, ali é feita uma parada. Do mirante, também se avista a ilhota onde está a Hostería Pehoé, um chalé à beira do lago que foi a primeira hosedagem de Torres del Paine. Enquanto a hostería é pequenina e graciosa, dando ares de cenário suíço ao pedaço, o mais luxuoso hotel de Torres del paine é o Rio Serrano, onde é servido o almoço. Só não exagere ao comer: depois dessa refeição, rola uma caminhada mais forte, cheia de subidas e descidas.
CONFORTO NO GELO
A jornada rumo aos glaciares da Patagônia começa no fim de tarde de terças e sextas-feiras, entre outuro e abril. Como o Skorpios leva apenas 90 pessoas, bastam algumas horas para o clima entre passageiros e tripulação se tornar familiar.
As águas, por serem protegidas pelas montanhas, garantem que a embarcação deslize sem muito balanço. A calmaria é extremamente bem-vinda para o pessoal ficar horas a fio admirando os fiordes e as formações de pico nevado pelos janelões das cabines e do bar, visual que pode ser curtido até altas horas, especialmente nos meses de verão., quando só escurece depois das 22h.
Já na primeira manhã a bordo, o chamado para o passeio inaugural se dá via alto-falante. Esse ritual se repete antes de todas as expedições oferecidas pelo Skorpios. É aí que os passageiros começam a embrulhar-se o quanto podem, com jaqueta reforçada, calça e bota impermeáveis, açém de gorro e luvas.