Colher para
quem tem
Parkinson
UMA SIMPLES refeição
pode se tornar bem
difícil para quem tem
mal de Parkinson
ou mesmo alguma
dificuldade motora.
Os tremores nas mãos
impedem que a pessoa
tenha a coordenação
necessárua para se
alimentar sem derrubar
a comida. Uma colher
chamada Liftware
Spoon, desenvolvida
pela star up Lift Labsm
usa uma tecnologia
que detecta como a
mão treme e faz os
ajustes instantâneos e
necessários para que
a colher se mantenha
estabilizada, sem
derrubar o conteúdo.
Para acolher os refugiados
LIFTWARE SPOON
www.liftware.com
Mãe vende arranjos de flores para custear trabalho voluntário de brasileira na crise dos refugiados
DEPOIS
DE
45
DIAS em Lesbos, na
Grécia, trabalhando no
recebimento de barcos com refugiados,
Gabriela Shapazian, aos 16 anos, sentiu
que sua missão seria seguir sendo
voluntária para ajudar mais gente. A
mãe, Kety, decidiu que iria apoiar a
filha. “Eu ganhei um arranjo de flores
em um chá de bebê que organizamos
SETEMBRO 2017• vida simples
para um casal sírio em São Paulo e na
hora pensei: ‘Vou vender flor no farol e
dar o dinheiro para a Gabi, que precisa
de 40 euros por dia para se manter’”,
conta. “Passei vergonha, recebi esmola
e fui ignorada pela maioria dos
motoristas. Mas era o começo de uma
história que mudou a nossa vida”, diz
Kety. Elas criaram o Flores para os
Refugiados, que vende arranjos para
pessoas que acreditam no trabalho de
Gabi e, assim, colaboram com o sonho
da garota em acolher, dar carinho e
atenção a quem teve de deixar sua casa.
“Queremos falar que, se um dia você
achar que um bote inflável superlotado
é mais seguro que a terra, você vai
querer que no meio do caminho tenha
alguém que lhe estenda a mão”, conta
a mãe de Gabi, que se sente orgulhosa
da filha e sabe que, a partir de agora,
elas podem se ver duas ou três vezes no
ano apenas. Hoje a garota atua como
voluntária independente na Gré- cia e
no Líbano. “Também quero falar que
existe uma alternativa à faculdade, e
que o jovem pode ser feliz fazendo
o que ama. Ele não precisa se matar
para passar no vestibular se já tiver
encontrado um propósito na vida.
Minha filha encontrou o dela. Hoje,
aos 17 anos, está livre para seguir o seu
chamado”, diz a mãe. “Ela sempre fala
que hoje é muito mais feliz com menos
porque aprendeu a dar muito valor a
pequenas coisas. E eu também.”
FLORES PARA OS REFUGIADOS
facebook.com/floresparaosrefugiados
SETEMBRO 2017• vida simples