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Ele indica que a reciclagem em canteiro de resíduos classe A geralmente é feita para produção de brita corrida (sem peneiramento), o que possibilita uso simplificado dos agregados reciclados em reforço de subleito ou para mera estabilização do terreno exposto. “Nestas circunstâncias, é possível contar com extração magnética acoplada ao conjunto de reciclagem, sendo necessário providenciar equipamentos de apoio para fragmentação de peças em concreto armado, tais como tesouras ou rompedores. Esta foi a prática comum nas grandes demolições dos antigos estádios de futebol”, afirma. Cada caso deve ser avaliado de maneira cuidadosa, examinando peculiaridades inerentes a custos operacionais, perfil de geração dos resíduos, período de execução, possibilidades de reutilização interna e alternativas para destinação externa (custos de logística) para tomada de decisão equilibrada. “Na realidade, creio que as soluções mais abrangentes e duradouras estão na especialização, pressuposto para consolidação das usinas recicladoras. Neste contexto, busca-se equilíbrio econômico e tecnológico de modo mais duradouro e confiável”, alega Careli, lembrando que o potencial para consumo dos agregados reciclados é exclusivo de obras de engenharia, quer sejam habitacionais, pavimentação, saneamento, drenagem ou infraestrutura. “Há, ainda, a possibilidade de tais materiais serem incorporados em novos produtos, substituindo parcial ou integralmente matérias-primas convencionais. No entanto, o desenvolvimento das oportunidades deve ser sempre condicionado ao conhecimento tecnológico e aos padrões locais de geração de RCC”, finaliza. COLABOROU PARA ESTA MATÉRIA Elcio Careli – Economista formado pela Universidade de São Paulo (USP) e mestre em Tecnologia Ambiental pelo Centro Paula Souza – SP. É diretor da consultoria Obra Limpa e coautor do Manual de Gestão Ambiental de Resíduos da Construção Civil publicado pelo Sinduscon/SP.