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REVISTA TÉCNICA DA ESCOLA SENAI ‘‘ROBERTO SIMONSEN’’
seja para trabalhar, estudar, divertir-se, honrar compromissos etc.
Infelizmente, no Brasil, é muito comum encontrar calçadas nada
acessíveis e/ou em péssimos estados de conservação. As condições de
mudanças climáticas repentinas especialmente em grandes cidades
como São Paulo, desfavorecem também essa condição primária de
deslocamento, seja por alagamentos, trânsitos intensos, deslizamentos e
buracos que surgem repentinamente, pensando em um humano
comum é bastante ruim, tratando-se de pessoas com necessidades
Caracol
especiais, é ainda pior.
O projeto Caracol, inspira-se nos moluscos gastrópodes terrestres de concha espiralada que segundo
Gabaldo:
(...) a concha serve de proteção, em momentos de perigo alguns animais entram na
concha e ficam lá até sentirem que o perigo passou. Por esse motivo, quando o animal
se retrai para dentro da concha, a abertura dela é fechada por uma estrutura calcária ou
córnea chamada opérculo (...).
Uma cobertura automatizada que pudesse ser implementada em uma cadeira de rodas, além de
protegê-lo da chuva, promoveria as condições necessárias para que o usuário a guiasse com maior
conforto, para tanto, gerou-se uma análise dimensional, garantindo que o equipamento se mantenha
acessível em todos os ambientes em que o usuário frequente.
O ponto forte do projeto é a automatização de todo esse sistema de forma a garantir que o próprio
usuário tenha total controle em suas mãos de todo o ciclo de abertura e fechamento que é feito com o
simples apertar de um botão, localizado ao lado do descanso de braço de sua cadeira de rodas.
DESENVOLVIMENTO
O desenho do projeto, foi a condição de criação primária para o prosseguimento da compra,
elaboração, confecção e montagem do protótipo, uma vez que, não se encontrou qualquer modelo a
ser utilizado como base para o projeto caracol. Aplicando-se também peças acessíveis e além de tudo
resistentes e leves, garantindo a autonomia da atual bateria utilizada pela cadeira. Assim, o projeto é
dividido em quatro partes, sendo elas:
1 - Caixa de alojamento, construída em PTG de 4mm, possuindo 700mm de largura, 350mm de altura e
200mm de extensão.
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REVISTA TÉCNICA DA ESCOLA SENAI “ROBERTO SIMONSEN” – SÃO PAULO – n. 3, jan./jun. 2019