A mulher e
sua força misteriosa
Por: Miriam Leitão
É bom que haja um momento de reflexão para grupos que são discriminados, como o das mulheres. Eu, Míriam Leitão, sou feminista. Tem gente que acha que ser feminista é uma coisa feia, ultrapassada, há muitos que têm preconceito contra essa palavra. Eu sou feminista desde que me entendo por gente, quando percebi a diferença de tratamento de meninos e meninas.
Para mim, ficou consolidado que eu era realmente feminista, aos 16 anos, quando li "O segundo sexo", de Simone Beauvoir, um livro muito marcante na formação da minha maneira de ver o mundo.
O poder é muito masculino ainda. Mas nós avançamos. Ao longo da minha vida, vi as mulheres avançando no mercado de trabalho, na defesa dos seus direitos, na reconstrução do seu papel, mas ainda acho que há muito machismo dentro das casas, na ideia de que a mulher é a principal responsável pela criação dos filhos, quando tem de ser uma missão compartilhada. Aquela expressão "eu ajudo muito a minha mulher" deve ser abolida.
Ela é a única que consegue carregar no útero e amamentar o filho; a partir daí, o trabalho tem de ser dividido igualmente.
Ela mostra como em cada ramo do pensamento as mulheres foram sendo relegadas a um segundo plano, a um segundo sexo. Simone fala que a mulher é o outro, não a pessoa principal. Consolidei, depois, minhas convicções em outras leituras.
Entenda sobre o gender gap
Sou uma estudiosa do que os americanos chamam de "gender gap". Há, por exemplo, apenas 15% de CEOs nos EUA que são mulheres.
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Texto adaptado do blog de Miriam Leitão. Leia-o na integra aqui.