Revista Top ABC Top ABC Ed. 07 - mai. 2014 | Page 8
Desvio que vale a pena
No meio do nada
– ou de tudo
Para aproveitar os melhores atrativos do
Arizona é preciso iniciar uma viagem de
cerca de 430 quilômetros a partir de Phoenix, tendo como primeira parada o parque
Monument Valley, um dos locais mais fotografados do país. A viagem parece cansativa,
mas não é. Na verdade, trata-se da oportunidade perfeita para conhecer lanchonetes de
beira de estrada e fazer paradas estratégicas
que surpreendem pelo potencial de exibir a
verdadeira cultura local.
Chegando à fronteira com Utah, fica claro
o que está reservado: gigantescas formações
areníticas e platôs rochosos de infinitos tons de
vermelho. O cenário parece cena de filme.
O nascer e o pôr do sol são os momentos
mais concorridos do vale. Fotógrafos de
todas as partes do mundo viajam milhares
de quilômetros em busca do clique perfeito.
Em um Estado onde a chuva não faz parte
do cotidiano, o desafio está em encontrar a
posição e luz perfeitas para o retrato.
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Mesmo que signifique desviar de uma rota
que tem por objetivo chegar ao Grand
Canyon, conhecer Horseshoe Bend é praticamente uma obrigação. Trata-se de uma
construção rochosa em forma de ferradura
que recebeu o azul do rio Colorado em toda
a sua curvatura. O atrativo está perto da
cidade de Page e destaca-se, claro, pela vista.
Para se ter uma ideia, o mirante exibe uma
queda de aproximadamente 300 metros.
Cuidado redobrado no local, já que não há
grades de proteção nem qualquer tipo de vigilância. As melhores fotos exigem coragem
e uma dose redobrada de cautela, já que o
vento castiga quem insiste em ficar em pé
próximo ao limite da rocha.
Williams
Norte-americanos barbudos, vestindo
roupas de couro e montados em motocicletas com ronco de motor mais forte
que qualquer carro popular. O ponto de
encontro desses verdadeiros caricatos é a
cidade de Williams, que ostenta o título
de local que possui o trecho mais bem
conservado da famosa Route 66. A região
é a porta de entrada para o Grand Canyon,
mas se sustenta por conta própria, graças
aos bares nostálgicos e restaurantes clássicos da rodovia. Os hotéis no estilo inn
completam a atmosfera, responsável por
colocar algumas pitadas de urbanismo em
uma viagem recheada de atrações naturais.
As lojas de suvenires são um sucesso entre
os visitantes, muito por conta da criatividade encontrada nos itens. Fica a dica.
Grand Canyon
Enfim, o gigante. O Parque Nacional
do Grand Canyon é um dos mais
visitados nos Estados Unidos. Não
é para menos: de Norte a Sul, são
cerca de 445 quilômetros de paredões
rochosos que chegam a 1,6 mil metros
de altura. No fundo das fendas, corre
o Rio Colorado que, mais uma vez, dá
um colorido especial à paisagem.
À primeira vista, os tons vermelhos
tomam conta do monumento, mas
basta observar o movimento do Sol
(ou melhor, da Terra) durante o dia
para perceber novas tonalidades,
como o roxo. O visual é estonteante, e
contemplar esta maravilha dos deuses
é inevitável. Entre fotos, vídeos e comentários
clichê, percebe-se que o silêncio é a melhor
tradução para o momento.
As entradas principais para o parque estão
localizadas na parte Sul (South Rim) e Norte
(North Rim), mas vale dizer que a mais acessível é a primeira opção, já que está próxima a
Williams (100 quilômetros, aproximadamente) e possui mais pontos de observação.
Há diversas formas de explorar o Grand
Canyon: a pé, a cavalo, de bicicleta, helicóptero e até fazendo rafting (com as devidas
permissões, claro). Existem também alguns
lodges dentro da reserva, mas nos arredores
há mais variedade de acomodações.
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