HÉLIO OITICICA
Não é apenas ver, é mudar, é viver.
Hélio Oticica que foi um pintor,
escultor, artista plástico e performático
de aspirações anarquistas, considerado
um dos maiores artistas da história da
arte brasileira, ele não fazia apenas arte
e sim uma proposta a ser vivenciada,
acreditava na ideia de junção entre arte
e vida, o público não era apenas um
expectador, ele fazia parte da arte.
Sempre buscando a participação do
público em seus trabalhos, ele fez do
observador parte integrante de sua
obra, a qual adquiria uma nova dimensão
com a interação ativa e direta do público.
Em época de ditadura lutou pela
igualdade, por aqueles que não tinha
voz. Aproximou-se da cultura brasileira,
, morou na favela, virando passista da
escola de samba da Mangueira,
criando vínculos de amizade e um
amor pelo lugar. Naquela época que foi
nos meados dos anos 60 vem a criação
do “PARANGOLÉ”, que passou a
designar as obras que estava
trabalhando naquele momento. Os
primeiros parangolés se compunham
de tenda, estandarte e bandeira que
foram uma inspiração no mund o da
moda.
Na exposição Opinião 65, no MAM do
Rio de Janeiro, protesta quando seus
amigos integrantes da escola de samba
são impedidos de entrar, e é expulso
do museu. Realizou uma manifestação
coletiva em frente ao museu, e seus
parangolés são vestidos pelos amigos
sambistas. Aproximando cada vez mais
da marginalidade da favela, dentro de
uma lógica de transgressão de valores
burgueses, tinha fascínio pelos tipos
“Eu não sei nada,
mas sei que estou
nascendo todos os
dias”
Hélio Oticica
25.